SOBRE OS SHOWS EM ILHABELA COM RECURSOS PÚBLICOS


Vozes críticas estão certas em relação as dúvidas que levantam sobre o volume de recursos que a Prefeitura de Ilhabela vem injetando na realização de shows artísticos? À quem interessa a dúvida? Quais objetivos são traçados com os shows, e são alcançados? há perguntas.

Mas, o que agora ecoa nas redes sociais já foi dito outrora ao Governo nas reuniões públicas, portanto, é preciso saber auscultar. É dever justificar o gasto, ser claro em relação aos benefícios e demonstrar ao seu povo se há assertiva ou não. Melhor ouvir e considerar que ignorar. Se os resultados são bons e há incompreensão, há falha.  

Penso que como cidadão também devo avaliar a crítica sob vários outros aspectos. Há casos e casos. 

O evento Miss Brasil é o epicentro das reclamações no momento. Ao custo de R$ 1,5 mi. A Secretaria de Turismo quantifica em R$ 7 mi o retorno de exposição de marca, divulgação e mídia espontânea com cobertura de expediente jornalístico pelo grupo Bandeirantes. O cálculo leva em conta vinhetas, spots promocionais, reportagens exclusivas, enfim. 

Faz sentido.

Mas, houve quem comparasse com o dinheiro público do ilhabelense colocado na conta de uma Escola de Samba de São Paulo no ano passado. Eu vejo diferença substancial. 

O grupo Bandeirantes é uma potência em termos de mídia, sem dúvida. Emissoras de rádio por todo país e no exterior; 500 mil exemplares diários do jornal Metro, distribuídos em mais de 10 cidades brasileiras; além da emissora de TV com canais internacionais também.  O evento é um ativo do grupo, logo, maciça divulgação com a marca Ilhabela agregada.

A Administração Municipal informa ainda, com base em dados da Associação Comercial, que a taxa de ocupação dos meios de hospedagem na baixa temporada, período em que fez-se a opção pelos shows, está em torno de 84%, sendo 20% superior quando comparado ao mesmo período do ano passado. 

É a geração de empregos, entre outras coisas, que se busca.

Minha sugestão ao Prefeito é que repense a estratégia, quem sabe determinar um freio sobre o calendário de shows, chamar o secretário à responsabilidade e exigir que ouça as vozes da população e principalmente, que se atenha ao Plano de Governo, instrumento tão enaltecido em suas reuniões e discursos. 

Cabe a reflexão.
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16h -  adelsonpimentarafael@gmail.com

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