À ILHABELA: DESENVOLVIMENTISMO NÃO SE OBTÉM COM PALIATIVOS

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A fila para o embarque e desembarque das balsas operadas pela DERSA entre Ilhabela e São Sebastião é só um dos impactos gerados nas cidades pela operação. Neste fim de semana teve dor de cabeça em dobro com 5 balsas paradas. Depois os números davam conta de 7 embarcações em serviço.

Diligente, o Prefeito de Ilhabela, Márcio Tenório, tornou hábito ir ao local, e às redes sociais. Ele assegura que 11 mil veículos entraram no município nesse feriado prolongado. E acrescentou...

"Ainda nesta semana cobrarei resposta à reivindicação que protocolei no Ministério dos Transportes, Portos e Aviação Civil (por meio do Ofício GP- nº 934-2017 de 28/08/17) de liberação de recursos federais ou celebração de convênio com o governo estadual para melhoria das embarcações e na infraestrutura de atracação das balsas".

Confesso que não entendi bem essa parte administrativa: o Prefeito pedindo pelo Governo do Estado? Mas, não é difícil de compreender a causa: é no município que os impactos acontecem. 

Frota
Segundo dados do IBGE, a frota emplacada hoje é de 10 mil automóveis (de diversos modelos), além de 7.108 tipo de motos, totalizando 17.108 veículos, com mais os 11 mil desse feriado, o cálculo é este: 28.108 em Ilhabela.
Acesse os dados: (https://goo.gl/duvgWr 

Considerando que somente 1/3 do território é de gestão direta do Município, a responsabilidade não deve ser só da Prefeitura, portanto, não é só sobre a travessia das balsas, é também sobre outros serviços que o Estado deve se envolver. Mas, sem se esquecer que o Município cobra uma taxa de preservação ambiental.

Não obstante, medidas paliativas vem sendo propostas, como as da vereadora Nanci Zanato, Presidente da Câmara Municipal, de rodízio de carros; a do vereador Cleison Guarubela, de incluir entre as isenções da cobrança os veículos que fazem entrega de mercadorias; há outra para os carros que abastecerem na Ilha, enfim. 

Histórico:
Data de 2005 uma Lei Municipal - a de n° 359, que não sei se foi revogada, determinando que veículos do tipo Van, Kombi, Micro-ônibus e Ônibus precisam de uma autorização para entrar no município, que deve ser solicitada na Secretaria Municipal de Turismo. 

Observem haver várias medidas, todas desconexas. 

Em outubro de 2008 os vereadores revogaram a lei que impõe um limite para o número de veículos de turismo no município durante a temporada.  A medida tinha sido adotada para tentar barrar o turismo de um dia na ilha. Essa Lei havia sido aprovada em novembro de 2007, ou seja, no ano anterior. Falava-se em limitar em 15 mil carros na ilha durante feriados prolongados e na temporada de verão. 

Sugestão:
Por fim, o que tento demonstrar é que de tempo em tempo, de crise em crise, surgem ideias - até boas, mas desacompanhadas de estudos técnicos que a subsidiem, por isso são paliativas, logo, não resolvem o problema. 

Assim como fiz na postagem anterior em que tratei um pouco desse caso em Ilhabela, sugiro a realização de um grande Seminário Temático de Mobilidade Urbana com diversos painéis, com especialistas e a sociedade ilhabelense conversando, donde se tirará uma Carta de Desenvolvimentismo com diretrizes claras à se fazer.

É, por hora, a minha contribuição.
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11h55min.  -  adelsonpimentarafael@gmail.com

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