IMBRICANDO A CIDADE



Ajudaria muito se o prefeito sebastianense não atrapalhasse tanto. Confesso estar tentando fazer a leitura da estratégia política-administrativa encampada pelo alcaide, e feito comparações com os mais esdrúxulos casos ocorridos ultimamente Brasil à fora- e sinceramente não há. É notório e preocupante o imbricamento institucional pelo qual envereda São Sebastião nesse momento, com as ações propostas e infantilmente executadas pelo prefeito. Pela negativa governamental do Estado com projeto de ampliação do porto, obsequiosamente- botou o galho dentro; pelo déficit sabido no saneamento básico da cidade e com a concessionária às portas pela renovação da concessão nessa agenda, sucumbiu na promessa de novos investimentos- desconsiderando o reconhecido passivo; pela infração da ausência de um Plano Diretor Municipal, norteador das expectativas de desenvolvimento do município, silenciou-se notadamente; pela importante e imprecindível revisão dos núcleos congelados- se distanciou de qualquer debate público, lavando as mãos- e deixando a demanda para os vereadores da base; pela liquidação prévia de espaços para manobras políticas da CNM na questão dos royalties do petróleo, sentou à mesa, preferindo chupar essa manga e dar-se por desavisado; pela economicidade com os recursos públicos e sua aplicação racional e produtiva, optou pela terceirização nos serviços de gerenciamento da saúde pública considerando supersalários de até R$ 15 mil/mês (pagos a esposa do secretário de saúde), declinando de suas prerrogativas constitucionais, terceirizando também a culpa; pelo dever cívico com o cumprimento de promessas ditas factíveis de campanha, não consegue zerar as pendengas jurídicas com o proprietário do terreno na Costa Sul onde anunciou-se futuras instalações de uma Unidade de Saúde (chamada de hospital pelo prefeito), usou a tangente para não produzir provas cabais que deponham politicamente contra si; pela manutenção de seu grupo que empenhou esforços por sua vitória eleitoral, favoreceu-se do direito de patrocinar a divergência e não a união dos aliados para subtrair condições certeiras de concorrência mais fortes internamente; por fim, ao invés de se relacionar ou contratar profissionais, zelou pelo apreço hoje conhecido pelo acirramento institucional, quando inda usa-se dos instrumentos federativos à disposição do manadato eletivo do qual é gestor para dificultar a movimentação de equipamentos de grande porte pelas carretas apropriadas pelos trechos da rodovia que cercam a área urbana da cidade, adicionando discursos enraivecidos contra a empresa credora dos serviços, bem como instituindo por documento formal um grupo de análises de supostas irregularidades ambientais desse grupo, e fechando todas as portas do diálogo para incrementar bravatas em desuso contra a detentora da principal fonte de renda municipal, a Petrobrás, evidenciando a tese do incompetente- de que, não dispondo de habilidades suficientes ou interesses diretos, quanto mais se jogar pra galera mais dividendos políticos seria possível de se colher. É chato dizer, mas a práxis desse governo está na absoluta contramão dos preceitos requeridos pelo gerenciamento eficaz de uma cidade, e exigidos pelo ambiente da política da boa vizinhança. Alguns podem considerar este texto truncado ( reconheço essa proposta também), mas vou torná-lo mais didático ainda, daqui a pouco. Relaxem aí!
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17h19min.                     -                     adelsonpimenta@ig.com.br 

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