Pimenta na Política

Não haveria de se chegar ao fim de uma campanha sem que o previsto não acontecesse. Se alguém tentar grilar a verdade, a Justiça repara o dano. Pinço alguns fatos para destacar o quão tenso chegamos na contagem regressiva: Ao que parece, há alguns anos o ex-prefeito de Ubatuba publicou um vídeo na internet acusando o prefeito de Caraguá de ter ameaçado um oponente seu na cidade. Não é que foram buscar esse mesmo vídeo agora e na rede está sendo visualizado por uma porção de pessoas? Não acho isso certo.  Em Ilhabela todas as apostas para desconstruir ou frear o crescimento do candidato Márcio Tenório falharam, ele se mantém competitivo. Em São Sebastião, mantém-se o dedo em riste e um certo vitimismo, mas agora é a judicialização que dá o tom. Mas, não é só. O ex-prefeito Luizinho, que assinou a ata da Convenção do PPS manifestando seu apoio à candidatura do PH, também subiu no palanque do PSDB se declarando ao ex-desafeto Felipe Augusto. Não demorou uma fração de segund

Quando essa eleição municipal de 2016 acabar, o que nos lembraremos talvez seja o menos importante. O noticiário dará conta da transição administrativa, da futura equipe de governo, das primeiras declarações do vencedor e das especulações em torno da eleição da Mesa Diretora na Câmara Municipal. Costuma ser assim. Mas, eu disse "talvez", tenho cá minhas dúvidas. O tom é outro, o cenário idem. A política se tornou u m folhetim que intriga e não instiga e o  que já se previa ser judicializada, virou caso de polícia também.  À julgar pelos contornos imprevisíveis nesta reta final, fica difícil cravar um resultado, já disse isso. Pela indefinição, o eleitor aumenta a margem de erro das pesquisas de opinião. É por esta razão, pressuponho, que o PMDB e o PP, adversários entre si, reagem energicamente contra o PSDB/PSB agora. Não é só uma guerra de nervos, é também um disputa territorial pela comunicação de suas campanhas. O mote é o vitimismo. Se há ataques, há revide.

No papel de servidores públicos, um juiz eleitoral e uma sindicalista mexeram com a imaginação das pessoas na política sebastianense - e resta saber até que ponto a caneta de um e sua Decisão e/ou  um batom no papel influenciará a eleição de São Sebastião; é uma incógnita, mas, ambas repercutem. Uma questão é legal, a outra é moral. Na medida em que a contagem regressiva começa para na eleição, a tensão aumenta... Todas as candidaturas se mantém, mas,   por Decisão da Justiça Eleitoral,  duas sob recurso. Wagner e Juan estão no páreo e seus advogados vão TRE. Fuly, Felipe e PH também estão no jogo, mas sem a mesma necessidade. A disputa se mantém inalterada. Essa é a parte legal. No debate realizado pelo Sindserv o candidato Wagner pediu verificação sobre os papeis do sorteio e, visivelmente constrangida, uma servidora pública, a Presidente do sindicato - que era quem manuseava os papeis - assumiu que havia um com marca de batom. Nesse papel constava o nome do candidato

A eleição municipal vai entrar em seus 15 dias finais, que é quando há mais tensionamento  entre os grupos concorrentes.  Em São Sebastião a realização de debates, entrevistas, sabatinas é um caminho à didática do processo. O próximo debate será o do Sindicato dos Servidores Municipais, hoje, daqui a pouco.  Nos eventos anteriores o candidato do PSDB não compareceu. Tem sido recorrente essa sua ausência. Isso não é bom para o processo, já escrevi sobre isso. Mas, transborda já das redes sociais para as ruas e conversas em todos os lugares a sua fuga sem qualquer explicação plausível de todos os debates, e a pressão já estaria se refletindo em diversas sondagens.  Espero que neste terceiro, que é o de hoje, todos estejam presentes. Também contava com isso nos anteriores.  O candidato do PSDB está sob pressão popular e precisa refazer cálculos e rever a estratégia e, especialmente por este motivo, cresce a expectativa de que não falte no de hoje.   Intuo que o tucano vá neste d

O sítio eletrônico jornalistico, Radar Litoral, promove hoje um debate entre os candidatos a Prefeito de São Sebastião. É o segundo realizado nesta campanha, já que o primeiro foi realizado pelo Sistema Costa Norte de Comunicação de Bertioga, quando,  exceto o candidato tucano, Felipe Augusto, faltou, todos os demais foram. Não se evada, debata, candidato. Há outros agendados. Espera-se que para o debate de hoje, que será realizado no Tebar - no Centro da cidade, não haja ausência de nenhum dos candidatos. Há rumores nas redes sociais de que o PSDB não irá. Se for uma verdade, qual seria a razão? Mas, não vou especular, prefiro crer que todos irão. Não há segundo turno em nenhuma das cidades da região do Litoral Norte paulista, portanto, vence quem tiver mais votos que seus concorrente. Só há segundo turno em cidades com mais de 200 mil eleitores. O que se quer e se espera é, no mínimo, que haja clareza sobre as propostas de cada candidato e isso se alcança também com o

A pouco mais de três semanas da eleição, talvez em função das novas regras do jogo, a campanha eleitoral em São Sebastião ainda está morna. A política está distante das pessoas? Essa é uma pergunta importante à ser feita. Nem as pesquisas de opinião realizadas anteriormente comunicavam um resultado confiável, resta ver a diferença entre as amostragens feitas e publicadas por jornais de cidades vizinhas, uma por um de Bertioga e outra por um de Ilhabela.  Ademais, naquele cenário sondado pelos institutos não havia a colocação de candidaturas como a do Marcos Fully e a do Paulo Henrique - o PH, e Wagner Teixeira ainda era um candidato alinhado ao Governo com apoio declarado do prefeito Ernane naquele momento. Tudo mudou, ou seja, o cenário hoje é outro.  Até mesmo com a campanha em andamento ainda haviam eleitores que sequer sabiam dessas divisões, desse novos nomes na disputa, o que enseja uma margem de erro muito grande para qualquer sondagem eleitoral em pequisa de opinião

Uma das principais partes de uma campanha eleitoral é a que se reserva aos debates entre os candidatos, em meu entendimento. Um processo dessa natureza tem várias frentes, indo do marketing publicitário, passando pelos comícios até os encontros onde há confrontos de projetos, de ideias sobre o que cada candidato pretende fazer numa eventual vitória. Não há uma lei que obrigue a participação dos candidatos, mas há regramento para a sua realização - sob olhar e autorização da Justiça Eleitoral. No caso de São Sebastião esse quesito está bem servido, poque há agenda de debates, sabatinas e entrevistas, tudo serve para esclarecer. Importante lembrar que a cidade - e a região do Litoral Norte não possui um canal de televisão aberto ou a cabo, portanto, o uso das redes sociais ganhou mais peso ainda.  Descendo um pouco mais às especificidades sebastianenses, é inegável a presença do Estado no Município, mas, observe, não necessária e destacadamente com o aporte de recursos públi

O último Plano de Governo que analiso dos candidatos a prefeito é o da Coligação "Unidos por São Sebastião", com Marcos Fuly (PTB) para Prefeito e Eva Tenório (PSC) para Vice. Antes deste fiz de todos os demais candidatos. Todos os Planos constituídos numa campanha eleitoral sob regras rígidas com o financiamento e numa conjuntura econômica nacional que desautoriza factoides e propostas mirabolantes. Nunca foi permitido isso, mas era menos percebido porque as boas condições das finanças públicas alimentavam um cenário de ilusões para muitos. Este trabalho tem certa digital do Governo porque é uma candidatura governista, logo, compreende a defesa do legado e atribui a si próprio o desafio à novas conquistas. É natural que assim seja. Por mais peso que tenha o apoio do Governo, há um trabalho à ser desenvolvido por Fuly caso se eleja. Por isso, minha compreensão é a de que este Lano foi editado pelos candidatos, podendo ser editorado pela campanha. Quando o prefeito Ernane

Apresentação Analiso hoje o penúltimo Plano de Governo de uma série que me propus a fazer em São Sebastião. Wagner Teixeira e Cardim, PP. Ambos ex-vereadores, ex-presidentes do Legislativo e ex-secretários municipais. Wagner já foi Vice-Prefeito e Cardim já foi candidato a Prefeito,   Tem acúmulo de experiência na dupla. Mas isso é tudo? À saber.  O fato é que trato este Plano com um olhar pelo municipalismo e explico o porquê. Introdução Nas prévias da campanha eleitoral houve uma série de encontros programados, um 'Diálogo Social', que simulava a metodologia de uma pesquisa qualitativa, mas era na verdade uma técnica usada por empresas que desenvolvem grandes empreendimentos e precisam estabelecer um Estudo de Impacto Social e medidas mitigadoras dialogadas com a população impactada. É uma técnica interessante porque colhe na fonte a opinião plural e divergente da sociedade. Gosto dessa prática. O Plano nasceu dessa vox populli . Trata-se de um Plano arrojado, ambic