A DISPUTA PELOS VOTOS DOS FIÉIS
Olá, bom dia!
Bem sabemos que não é uma percepção nova a de que o segmento evangélico cresce muito em nossa sociedade. Pois bem, isso tem despertado muitos interesses, entre os quais, políticos. Em São Sebastião, há muitas igrejas ligadas a Ministérios diversos -e todas são importantes no conjunto dessa obra analítica, mas destaca-se inevitavelmente as que pertencem ao poderoso Ministério de Santos -o maior. É natural que este seja o maior objeto das sondagens constantes e especulações rotineiras. A direção da igreja se inseriu de cabeça na política partidária -há alguns anos, tendo lançado candidatos próprios à cargos eletivos proporcionais em eleições passadas. No que se refere a central sebastianense, em 10/10/11, publiquei:_"Pastor Luizinho é vítima da política". Antes, porém, em 04/08/11, acerca dos setores da sociedade que já esquadrinhavam estratégias para as eleições de 2012, publiquei:_"Forças que disputam o jogo". Houve um pronunciamento da direção da Assembléia de Deus (Min. de Santos) para os seus fiéis de que a igreja não apoiaria nenhuma candidatura específica -e que estavam todos "liberados". À partir daí, toda sorte de investidas tem sido feita junto aos membros da igreja, não só pelos pretensos candidatos à vereança -os que são fiéis do segmento, como também por outros atores que exercem influência sobre famílias da membrasia. As demais igrejas (de outros Ministérios) também tem sido alvo dessa cobiça, mas a busca é mais periférica. O fato é que, por serem numerosos, os votos e o apoio dos fiéis estão sendo disputados palmo-à-palmo. Por iniciativa do Prefeito da cidade, ERNANE PRIMAZZI, um grande evento tem sido realizado pela Prefeitura, desde a sua posse, voltado principalmente para essa questão temática (o 'gospel'), sob o sugestivo nome de 'Glorifica Litoral' que, pasmem, talvez seja a única iniciativa do governo contra a qual a hipotética oposição não levantou qualquer contrariedade. Isso me faz compreender a força do segmento evangélico. Porém, penso eu, por ser uma parcela tão significativa desse estrato social, a igreja (na união de suas forças ministeriais) deve agora exigir um compromisso dos candidatos à majoritária -de que sejam propostos por suas candidaturas, políticas públicas com ênfase social -como as adotadas pelas igrejas há anos, de maneira que estas se tornem metas governamentais pelo eleito. É o mínimo que a igreja pode fazer pela sociedade, principalmente num momento em que seus fiéis são postos na balança à peso de ouro pelo jogo político da cidade.
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10h43min. - adelsonpimenta@ig.com.br