CIDADE MORTA (Pelo leitor)
E-MAIL RECEBIDO
-------------------------------
Fiz questão de escrever esta carta para externar minha decepção. Afinal, o que vem acontecendo nesta cidade? Moro em São Paulo há seis anos. Consegui pegar umas férias e voltar para São Sebastião, cidade em que nasci e onde conservo grandes amigos. Convenci uma turma a ir comigo. Iriam se hospedar na minha casa no Pontal da Cruz. Eram ao todo 16 pessoas. Para encurtar a história, dos três dias que ficamos na cidade, o máximo que conseguimos foi permanecer até às 19h na Rua da Praia. Depois, íamos para Ilhabela ou Caraguá. Não consegui convencer ninguém a ficar nesse cemitério. O que foi isso? Em pleno feriadão prolongado, dava pra contar o número de pessoas que frequentavam uma das paisagens mais lindas do Litoral Norte: a nossa Rua da Praia e o nosso centro histórico. Ninguém pensou na possibilidade de haver turistas para gastar um dinheirinho e ajudar o comércio local? Havia um horroroso esqueleto de ferros na Praça de Eventos (me informaram que começará um evento gospel na semana que vem), mas que nem sequer cogitaram a idéia de usar a mesma estrutura para um entretenimento neste feriado? Um pouco de raciocínio e boa vontade com os que dependem de turistas não fazem mal a ninguém. Perdoem-me, mas sou sebastianense e não posso aceitar esse marasmo que vi. Não é natural uma cidade linda como a nossa abandonada às moscas, enquanto Ilhabela e Caraguá “bombam”, enriquecem, movimentam seu comércio e deixam pessoas satisfeitas por todo lado. Meus amigos acharam São Sebastião uma “gracinha”, de dia; nada mais que isso. Minha queixa é dirigida para aqueles que tomam conta da cidade. Se nós que passamos três dias, vimos um tédio que leva qualquer um à depressão, imaginem os que moram aí. Vocês precisam ouvir os moradores, os comerciantes, os jovens. Trabalhem para combater a cidade-fantasma em que se transformou São Sebastião já que vocês são muito bem pagos pelo povo.
Renato Coimbrapor email,
-
15/10/09 - 18h27min. - adelsonpimenta@ig.com.br