CRUZEIROS DEIXAM RASTRO DE LIXO NA COSTA BRASILEIRA

PAUTA DO LEITOR
De: 

Ivan Marcelo Neves
ISABI/APEDMA-RJ/FBOMS

( Por e-mail )
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Há cerca de 15 anos os navios estrangeiros desfrutam de liberdade para explorar a navegação de cabotagem na costa brasileira.



E, pelo que relatam alguns passageiros, os cruzeiros marítimos ainda não amadureceram o suficiente para desenvolverem o turismo sustentável. Em determinado momento, os armadores - donos de todos os navios que faturam alto na temporada de novembro a abril, principalmente entre Rio de Janeiro e São Paulo - se queixaram da falta de cultura dos brasileiros. Denunciaram sinais de depredação das sofisticadas instalações de seus transatlânticos. No entanto, a contrapartida inexiste. Navios que cortam os mares brasileiros trazem, em sua tripulação, profissionais de capacidade duvidosa - pelo menos é o que fica no ar quando se registram mortes e até problemas sérios de saúde a bordo dos cruzeiros.

Pior: passageiros trazem ao conhecimento da Conapub um crime ecológico que contradiz a propaganda enganosa da sustentabilidade dessa atividade turística - citada por tratados e convenções internacionais. Recentemente um navio da MSC ofereceu a uma turista - que se colocou a contemplar as águas de Angra dos Reis à noite - uma cena nada condizente com a pompa e retórica das empresas que vendem esses passeios.



Um rastro de lixo, onde se misturavam embalagens plásticas e esgoto, imagem digna dos piores dias do Rio Tietê.


A questão é: quem responde por isso? Quem reclama da suposta depredação de seus navios extremamente lucrativos - o que não diminui o lamento diante das citadas depredações - pode se dar o direito de poluir o mar?

Com a palavra a ABREMAR.


Foto: MSC Cruzeiros
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18h38min.                     -                          adelsonpimenta@ig.com.br

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