O CUSTO DA MÁ GESTÃO

Olá, bom dia,
Prezados Leitores!

Tenho a impressão de que parte dos gestores públicos do Litoral Norte Paulista esteja se deixando levar pela maré do oba-oba provocado pelas expectativas econômicas do Pré-Sal, que fatalmente renderão novas economias aos cofres públicos das cidades da região. Feito esta introdutória, eu os convido a pesquisar, e a conversar um pouco mais com seus contatos que tenham conhecimento sobre a matéria para que possamos juntos ilustrar melhor esta evolução crítica/analítica. A Rádio Band SP AM (90,9) começa hoje, por volta das 13h30min. uma sequência de matérias com o enfoque demonstrativo sobre como a região litorânea paulista poderá deixar de ter o turismo como sua vocação natural para se tornar um apêndice da indústria do petróleo, e sobre como Santos (Litoral Sul) será a maior beneficiada com os recursos advindos dos empreendimentos de referência. Entretanto, os jornalistas destacam o ônus trazido por esses investimentos, agravados caso não haja planejamento preventivo e ações corretivas dos gestores públicos dos municípios. A Petrobrás, por exemplo, prevê inicialmente investimentos na ordem de R$ 40 bi na região, nos próximos 3 anos. Estudos preliminares estimam que 200 mil pessoas devem migrar para o litoral paulista. A prefeitura de Santos já se adiantou nesse processo e desenvolve com a Petro estudos sobre o crescimento populacional. Por fim, em números iniciais, na baixada santista já se registra acréscimo de 13% em organizações de feiras, eventos e convenções temáticas- relativas ao mercado do ouro negro.

Em São Sebastião (Litoral Norte) há um projeto 'suspenso' por hora, de ampliação e modernização portuária; e está em estudos de viabilidade técnica e econômica pela Petrobrás (assunto que ainda pernoita na toca), um projeto de construção de 2 novos berços de descarga com a ampliação de seu píer. 

Em Caraguatatuba, está em franco desenvolvimento a construção da maior Unidade de Tratamento de Gás do Brasil, e já começam as obras para construção do gasoduto, além de abertura de túneis e estradas que liguem a cidade a São Sebastião. Enfim, há demandas importantes, e sequer o anunciado 'Estudo de Impacto de Vizinhança', que é o mínimo inicialmente, ainda foi apresentado. Imprescindível ainda destacar, que o IBGE deverá contar a população nos próximos dias, e este será o marco-zero dessa nova era para a região.

Onde quero e pretendo chegar com isto? Simples, é na certeza de que não tem havido debates públicos que busquem a reunião de dados técnicos sobre tais expectativas; não tem sido planejado quaisquer ações conjuntas para integrar setores da economia regional, e para se constatar isso, (pela certeza que tenho de que asseclas ou vereadores governistas poderão sair em defesa raivosa desses governos), basta ver como estão sendo confeccionados os Orçamentos dessas cidades. Cabe um debate, a urgência e a perícia do assunto requer. É o que penso, e defendo! E deixo uma indagação: -Qual será o custo de uma má gestão? 

Então_ Fala tú!

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10h57min.               -                adelsonpimenta@ig.com.br