MEIO AMBIENTE: ENTÃO?

Estamos em festa? A semana do meio ambiente requer -a meu ver- mais reflexões que festejos, que fogos de artifício. 

A região do Litoral Note Paulista,  a despeito das suas muitas necessidades, não tem sido integrada entre as ações deliberadas pelos governantes para além dos objetivos que superem as muitas reuniões e fotografias para manchetes nos periódicos regionais. Desde previamente, passando pela implantação até o atual momento nenhum estudo foi apresentado publicamente pelos governantes quanto ao esforço de produção do novo pólo industrial de Caraguá, a Unidade de Tratamento de Gás Monteiro Lobato (a maior do Brasil. Simples assim) sobre o comprometimento da logística urbana da região, pricipalmente entre a cidade sede e a de São Sebastião- que já opera e escoa produção portuária e atende ao terminal da Petrobrás. Ambos os centros de grande atividade operacional estão sob uma importante planta de reforma e expansão. O lixo de Ubatuba, Ilhabela e São Sebastião passam por Caraguá e o impacto dessa atividade, além de seus altos custos de manutenção sequer foram objetos de análises que incidam sobre redução ou otimização de estrutura regionalizada, senão a compra de uma só idéia- sem contra-oferta por uma desconhecida Usina de Tratamento Térmico. O turismo (carro chefe de Ilhabela) passa pela porta de entrada, São Sebastião, e não há qualquer indicativo de incrementos urbanísticos que o integre harmoniosamente com os meios produtivos da região pelos quais passam até que cheguem a balsa para a travessia no mesmo canal onde manobram os pesados navios petroleiros e de cargas secas, tanto quanto os pescadores, enfim. A cobertura de tratamento do saneamento ambiental da região é de um déficit criminoso, sendo também tratada como agenda individual. É crasso o erro dessa gestão. 

Cabem algumas perguntas:
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> Qual o impacto de vizinhança estimado pela próxima década no Litoral Norte Paulista com os novos empreendientos? 
> O IBGE está às portas contando a população, e onde está sendo promovido o debate pelo desenvolviento humano regional?
> Qual dos orçamentos municipais, recentemente aprovados pelas Câmaras, além de cada PPA, teve o cuidado de ser elaborado com observações oriundas de convergências em agendas, tendo sido previamente discutidas entre os governantes da região? 

Em São Sebastião sequer existe um Plano Diretor Municipal; e não há nenhum planejamento de reordenamento urbano que não seja uma colcha de retalhos. Em termos de economia pública, a região se vê em crescimento anômalo- se considerada as vertentes pelas quais passam a maioria dos municípios brasileiros; fato que se dá naturalmente pela demanda do outro negro e seus derivados que, pela dádiva divina nos foi entregue nos fundo de nossas águas. Novamente indago: mas onde está a previsão racional pela utilização dessa riqueza? Desta feita, cabe uma última: nesta semana do meio ambiente, o que nos resta a comemorar e não a lamentar? Então?
Fala tú!
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11h54min.                    -                 adelsonpimenta@ig.com.br 

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