A BOBAGEM DO FELDMAN

No 'Estadão' de hoje (05), na Coluna 'Nacional', na pág. A12, é perfeitamente possível ler uma bobagem sem precedentes do Sr. FÁBIO FELDMAN, candidato ao Governo  de São Paulo. Ele defende um plebiscito no estado para discutir a exploração do petróleo na camada do  Pré-Sal. Até aí, embora creia que só queira jogar pra galera com esse discurso, vá lá. No entanto, a sandice vem agora: Diz o jornal: -ao ser questionado se seria favorável a ampliação do  porto de São Sebastião com o objetivo de amparar as operações em águas profundas; relata a matéria que teria dito o candidato: "Acho que é possível gerar renda a partir do turismo e acho isso incompatível com a proposta de ampliar o Porto de São Sebastião, que vai elevar o tráfego para 26 mil caminhões por dia"_ FELDMAN (PV). 

Até  aqui basta, agora falo eu:
OPINIÃO
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O candidato é um político que contribui substancialmente pelo enriquecimento do debate nacional acerca da questão da sustentabilidade, e reconheço seus esforços intelectuais pela melhora da qualidade de vida do  povo brasileiro. Sou igualmente favorável aos instrumentos que a Constituição dispõe de consulta popular direta, desde que com objetivos melhor esclarecidos. Algumas de suas publicações compõem minha cabeceira, exponencialmente a série escrita em companhia de uma grande amiga e profissional, Dra. SAMYRA CRESPO (Iser). Todavia, por se dispor ao pleito em que escolherá o próximo governante do maior e mais importante  Estado da Federação, entendo por -no mínimo- acanhadas suas considerações descritas no jornal e reproduzidas aqui. As experiências mais modernas no mundo todo já integram turismo  com outras atividades portuárias, além da vida progressiva na cidade. É preciso a recomendação de estudos importantes -óbviamente, inclusive com a questão logística de escoamento dessa produção e, nesse caso, não só a rodoviária, mas a ferroviária, a aeroviária e a aquaviária, principalmente. No caso sebastianense, a ferroviária inexiste -assim como a aeroviária, mas esta é possível de se pensar -caso os estudos definam esse meio por prioridade; e quanto ao modal rodoviário -a meu ver- é apequenar o debate quando se acusa este meio de estrangulado ou qualquer coisa que o valha sem que outras opções de expansão sejam estudados e propostas. Isso é querer limitar um debate mais profundo e impor uma única opinião. No que tange ao plano aquaviário, é preciso se definir uma engenharia moderna seguramente, por que atividades produtivas serão fatalmente  penalizadas, entre as quais o próprio turismo e a pesca. Mas também cabem estudos, não se esgota assim. Desse modo, com todo o respeito que tenho pelo Sr. FELDMAN, suas colocações expostas na mídia o tornam do tamanho em que se estima nas pesquisas de opinião pública a sua propositura eletiva. Agora entendo o sentido disso.
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17h44min.         -           adelsonpimenta@ig.com.br

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