O GARFO NOS ROYALTIES
Caiu no colo de quem gerou o filho; ou seja, no do 'O Cara'. LULA, em sua estratégia de capitalizar a Petrobrás -optou pelo caminho perigoso de certas mudanças nas regras do jogo, pior -com a bola rolando. No fundo, essa é a verdade dos fatos. Quando encaminhou seus projetos de Partilha e de criação de um Fundo Social para o Congresso Nacional, especulou; e quando pediu regime de urgência na votação, babou. A coisa -ao que parece- lhe fugiu ao controle e daí por diante, já às portas da eleição, foi só barrigada. CABRAL (governador do Rio) não se furtou de usar o direito democrático que lhe restava, o esperneio. Da Câmara dos Deputados o projeto atravessou a rua e foi para o Senador Federal. Era voz corrente que ali se corrigiria tal façanha dos deputados. Lêdo engano. Piorou ainda mais. Agora ficam o governador do Rio e o Presidente da República trocando figurinhas quanto a um tal de "acordo político feito entre homens de palavra", que para ser sacramentado -conta com o veto. Enfim, esse abacaxi, pra não ficar só nas mãos dos poderes governamentais políticos, pelo visto, terá de ser descascado pelo judiciário, lá pelos homens de toga do STF. Tudo isso por que estão garfando os royalties dos estados e municípios produtores -sob um discurso de igualdade social, distribuição racional de renda, justiça...enfim. As entidades de municípios produtores de petróleo criadas para dar cabo à essas discussões, sucumbem -ora pelo personalismo de seus quadros, ora pela inadimplência dos associados, ora pelas derrotas consecutivas judiciais no reparte do bolo, ora pela desassistência de fato, enfim -razões não faltam. A coisa tá feia.
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14h25min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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