FINANCIAMENTO PARA O SETOR PESQUEIRO

O informe de que a ministra da pesca, IDELI SALVATTI, negocia com o BNDES a liberação de uma linha de crédito para o setor, principalmente para renovar a frota pesqueira -é boa. No entanto, em particular, receio haver falta de mais diálogo entre os setores produtivos e a equipe da ministra, pois não são poucas as linhas de crédito disponíveis nas instituições financeiras para que haja a modernização da frota, calcada principalmente na redução do esforço de pesca. Nesse sentido, embora também saiba que existam regras um pouco mais flexíveis para o produtor artesanal, ainda assim -há burocracias que emperram e/ou dificultam -e muito o acesso. O que os bancos exigem por garantia ao financiamento não é só o patrimônio da atividade, ou seja, o barco, mas sim os imóveis dos pescadores, quando sabemos que normalmente a casa é o único bem imóvel de valor real conquistado pelo suor de seu trabalho, e empenhar isso assusta ao próprio e aos seus familiares. Ora, a pesca é uma atividade incerta. Ademais, já venho acusando há tempo um outro desserviço com o setor, que são os muitos derramamentos de óleo no mar e também construções irregulares que deixam um passivo para a produção pesqueira, jamais mensurado pela comunidade científica. Nesse sentido, para que não fique só nas minhas palavras, estou buscando um agendamento com a ministra, quando pretendo discutir essas questões -no sentido de contribuir, sempre. Afinal, sou filho de uma família inteira de pescadores.
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15h03min.      -         adelsonpimenta@ig.com.br

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