ROYALTIES: O PAÍS RACHOU
As novas ministras (bravas que só elas) tem um árdua tarefa em mãos, ajudar a unir o país. Rachou. Atenta a isso, a presidenta DILMA já se antecipou e, em reunião com os governadores das regiões dos estados Norte e Nordeste, pediu que eles ajudem o Governo federal na construção de um 'acordo' com os demais estados das outras regiões brasileiras para criar um novo sistema de distribuição dos royalties do petróleo, em especial das reservas do Pré-Sal. O clima em Brasília é de azedume, pois há forte mobilização, e tenho dito isso há tempo, pela derrubada do veto do ex-presidente LULA. Isso será fatal para a economia dos municípios e estados "produtores". Esse veto presidencial impede que a distribuição dos royalties do petróleo provenientes das áreas já exploradas sejam redistribuídos, mantendo a prerrogativa pelo seu recebimento aos estados e municípios "produtores". A presidenta DILMA tenta impedir essa manobra. Só para citar dois exemplos mais domésticos, Angra e São sebastião serão afetados em suas receitas radicalmente, caso o veto do LULA caia. O senador SARNEY (PMDB), ao que parece, tem simpatia pela proposta do Governo, qual seja, a de se preservar o atual modelo, mas de se discutir o Pré-Sal. Isso é bom. Todavia, o senador AGRIPINO MAIA (DEM) sugeriu que o Congresso marque para o dia 13 de julho a votação do veto do ex-presidente LULA. A conversa mole do senador é a de que os estados favoráveis ao veto de ex-presidente Lula, Espírito Santo e Rio de Janeiro, conseguirão encontrar uma forma de serem recompensados. O clima pré-eleitoral, a meu ver, também ajuda a contaminar as emoções -e atua em nosso desfavor. O senador Wellington Dias (PT-PI), ex-governador do Piauí, foi quem promoveu essa discussão mais recente, no Senado, e é outro que defende a tese da 'distribuição igualitária', deixando que a União supra as 'perdas' dos "produtores". O Brasil inteiro está discutindo essa questão, e rachou. Particularmente, a julgar pelo tom da prosa, o veto tende a cair e, com isso, a situação econômica dos "produtores" baba de vez. E mais, pelo baque previsto, terá grande peso sobre a capacidade de investimentos de cidades como Angra e São sebastião. Isso não cheira nada bem.
É o jogo!
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01h26min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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