DERIVADOS DESSA DISCUSSÃO SOBRE O PROGRESSO DAS CIDADES

Referência: Postagem anterior:
("Tratemos à frio os dados e estatísticas")

VARIÁVEIS URBANAS
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Conforme expus na postagem de referência, o crescimento há de ocorrer nas cidades das regiões praianas entre Espírito Santo, Rio e São Paulo, não tenho qualquer dúvida disso. Há reclames por parte de algumas cidades quanto a não contemplação no EIA-RIMA do Pré-Sal como área de influência -o que é perfeitamente justo- pois, sendo assim, as medidas mitigadoras não são estimadas no volume das coisas ligadas ao empreendimento; como há cidades que já estão contempladas nesse Estudo, mas quer discutir mais amiúde as condições dispostas pelos técnicos contratados para confeccioná-los; e ainda há uma terceia categoria -eu diria- que mesmo sabendo não estar contemplada e tendo ciência -o que é pior- de que já começa a sofrer as consequências desse poderoso mercado, se silenciam institucional e politicamente. Esta abordagem, porém, merece uma riqueza maior de detalhes, e não é necessariamente disso que traterei agora, e sim das variáveis urbanas.
Litoral Norte Paulista:
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O caso nesta região é um exemplo de que a situação urbanística e social tende a degringolar de vez, havendo descuidos. Não bastassem os muitos investimentos, puxados pelos da Petrobras, existentes em São Sebastião (cidade que não possui um Plano Diretor Municipal, estando com um processo pela formulação de um, em discussão), a cidade de Caraguatatuba (que está às voltas de um reclame do MP quanto ao seu novo Plano Diretor Municipal), também está no centro dos recentes investimentos da Petro. Em Ilhabela, a especulação imobiliária assombra, e os cuidados precisam ser redobrados com a maneira como essa ocupação acelereda se dá. Não é, portanto, tarefa das mais fáceis a adequação de tantas novidades do progresso e pode ser ainda pior pela ausência de um Estudo de Impacto de Vizinhança. Não obstante, está aí o projeto de ampliação da Rodovia dos Tamoios com a construção de alças de acesso às cidades, além do megaprojeto de ampliação do porto de São Sebastião, do obstinado investimento na construção de mais um píer de descarga de petróleo pela Petrobras, entre outras obras de impacto, como a construção do gasoduto à partir de Caraguá, enfim. Esse boom não chega sem as suas demandas,, e isso requer estudos, diagnósticos constantes e precisos e muita, muita capacidade de gestão. Minha modesta sugestão, inclusive, é a de que as prefeituras dessas cidades que são vizinhas, sendo Ilhabela, São Sebastião, Caraguá e Ubatuba, por exemplo, consigam estabelecer um consórcio pela criação de um órgão técnico/científico regional -à exemplo de um Ipea- para que possa traçar rumos, apresentar dados precisos e atualizados, providenciar estudos rotineiros e esporádicos, enfim de caráter institucional, de maneira à subsidiar as decisões políticas para os gestores públicos locais, sejam eles quais forem. Um instituto de conceito exposto, de certa forma, imune ao temperamento político de cada ocasião, sendo estritamente técnico, científico e profissional.
É o jogo!
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17h25min. - adelsonpimenta@ig.com.br

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