AP DO PORTO: COMENTÁRIO I

A intrepidez e o dever cívico não me permitem ficar quieto e, conforme havia prometido (sempre cumpro o que prometo), torno a falar sobre a Audiência Pública de ontem (8), realizada pelo Ibama, no Ginásio do Tebar, para discussão sobre o Projeto de Ampliação do Porto de Sâo Sebastião. Não vou ficar tocando nos miúdos do que foi apresentado, esse papel cabe a imprensa, ao jornalismo convencional. Isso aqui é mídia alternativa e um blog de opinião, logo...

OPINIÃO

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Sou francamente favorável a ampliação, só quero discutir os detalhes do projeto.

Isto posto, aos fatos:

> O Prefeito da cidade de São Sebastião, ERNANE PRIMAZZI, confirmou em entrevista à imprensa o que havia dito no microfone e acrescentou a informação de que a Prefeitura apresentará à Comissão de Compensações Ambientais do órgão licenciador alguns projetos que o município entende serem importantes para o sucesso desse projeto para o porto local.

A meu ver, é isso -o caminho passa exatamente por ali.

> O Prefeito de Ilhabela, TONINHO COLUCCI, no microfone, se declarou favorável ao projeto, não sem deixar de pedir maior atenção ao conteúdo turístico e para que se construa um Terminal de Passageiros em Ilhabela. Logo após a sua exposição, setores da imprensa conversaram com ele -e eu acompanhei; quando perguntado sobre os contêineres, o Prefeito disse que esse é o menor dos problemas, dizendo que a atenção deve estar concentrada é na qualidade dos caminhões que farão o transporte dessa produção.

A meu ver, um balde de água fria sobre o principal reclame de setores ambientalistas da Ilha.

> O eng° CASEMIRO TÉRCIO (Presidente da Cia. Docas de São Sebastião), tem uma péssima didática e parecia mais um garoto propaganda da Sabesp e do DER que desempenhando o papel para o qual estava de fato ali na Audiência Pública.

A meu ver, ele comprometeu e muito o entendimento das pessoas sobre o projeto que apresentou. E mais, forçou muito  (era o papel dele, até compreendo) o fato de não estar previsto a questão rodoviária na 1° Fase do projeto, mesmo tendo todas as participações presentes, inclusive as dos prefeitos, com manifestação contrária. O Ibama registrou tudo.

O som teve uma acústica ruim, a condução dos trabalhos pela mesa foi péssima, a organização da apresentação técnica do EIA foi constrangedora, a ausência do MPF foi lastimável. De positivo? O fato de que a região está sendo compreendida num outro patamar de avaliação pelos órgãos públicos e pelos governos do estado e Federal, graças a sua ótima situação em relação ao Pré-Sal. O projeto precisa sim ser melhor discutido, mas o progresso é inevitável -e que venha com responsablidade.

Daqui a pouco falo mais acerca desse evento.

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15h59min.          -          adelsonpimenta@ig.com.br