DEBATE PROGRAMÁTICO

O debate programático é imprescindível em qualquer época do ano, mas ganha vida mesmo é com o coro puxado pelos partidos políticos às portas de cada eleição. De certa forma, a comunidade científica até aponta caminhos, disponibilizando ao longo dos anos pesquisas de vários gêneros, discutindo variáveis e possibilidades, mas nem sempre esse conteúdo é aproveitado pelos governantes -um desperdício irreparável que o tempo sempre cobra. No caso específico do litoral norte paulista, a meu ver, agendas cruciais como o melhor aproveitamento dos recursos econômicos em benefício da organização desse chão para o inevitável progresso que vê a olhos nús, é um grande desafio. Questões estruturais como a agenda marrom (saneamento ambiental) como um todo, detalhados em seus capítulos cruciais como saneamento básico e resíduos sólidos, precisam estar na ordem do dia. No que se refere as questões urbanas, exponencialmente a questão da ocupação irregular do solo urbano e a invasão de terras deve ser combatido, com ênfase num rigoroso programa de desmobilização social sobre as famílias em áreas de risco -aliado a um projeto habitacional de alcance satisfatório, são ações que precisam compor a pauta das discussões. Um debate programático sério não pode requerer onerações ao bolso do contribuinte, não pode se permitir ao silêncio sobre tão instigantes agendas sociais, enfim, perspassa a questão meramente eleitoral, buscando o engajamento de toda a sociedade civil organizada -estabelecendo um norte para as necessárias agendas públicas de interesse coletivo. Este ano será crucial, quando elegeremos nossos representantes nas esferas de poder do município; logo, minha contribuição é para que consigamos ir além da escolha de nomes indicados por partidos políticos, mas para que tenhamos a decência e a responsabilidade de fazer um aprofundado e sério debate programático.
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21h33min.        -         adelsonpimenta@ig.com.br

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