"NEGÓCIOS" PELO MAR

A informação de que empresas de bens de consumo de massa como eletroeletrônicos, alimentos e bebidas, higiene e transporte estão ampliando o uso da cabotagem (navegação pela costa brasileira) em substituição aos caminhões para fazer distribuição de produtos a diferentes regiões do país, merece uma atenção redobrada -e abre um processo de discussão interessante, penso eu. O custo de frete sendo 25% menor, em média, do que o do modal rodoviário, integridade da carga e redução da emissão de gás carbônico estão entre as vantagens pela opção logística sobre o modal aquaviário. Mas, o caminhão continua sendo mais rápido e flexível na coleta da carga do que o navio. 
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OPINIÃO
Trazendo essa conversa mais para o nosso quadrado, vale lembrar que está em fase de licenciamento um grande empreendimento, que é o projeto de ampliação Porto de São Sebastião. Embora a sua idéia conceitual seja para o atendimento do escoamento da produção agrícola do interior do estado de São paulo e também para servir como base de apoio em offshore às demandas do Pré-Sal, conforme anunciou na audiência pública o Sr. CASEMIRO TÉRCIO -presidente da Cia. Docas de São Sebastião, essa nova demanda nacional precisa ser pensada. O Governo do Estado também está encaminhando uma discussão pela infraestrutura logística sobre o modal rodoviário -que é o projeto 'Contorno Sul de Caragá e São Sebastião'. Antes de chegar onde efetivamente quero, há duas outras notícias que se interligam ao setor local, que também chamam a atenção, sendo:
a) A iniciativa do SPU de encaminhar ao Congresso Nacional um Projeto de Lei para taxar o uso privado do espelho d`água, a faixa distante até 12 milhas (22 km) do litoral, uma espécie de IPTU da água. Se a medida emplacar, terão que pagar a tributação os terminais portuários, plataformas, estaleiros e marinas. Eu espero sinceramente que isso, caso seja aprovado não deixe de produzir duas coisas, sendo:
) que não consista em mais elevação nos custos finais dos produtos consumidos no varejo;
) que os deputados e senadores, caso aprovem mais essa 'taxa', não deixem de emendar um percentual do benefício aos municípios onde estejam esses empreendimentos, mesmo sendo no mar.
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b) O informe de que a Presidente DILMA se reuniu com 28 empresários que formam a eleite do PIB nacional, é, a meu ver, uma grande sacada institucional da Presidência da República. Dialogar é sempre muito importante e encurta caminhos. DILMA prometeu defender comercialmente a indústria brasileira com medidas que ela diz não ser protecionismo e recebeu apoio para entrar nessa guerra fiscal dos Estados e dos portos. Por conta disso, penso eu, um pacto federativo deve sim ser estudado e entendo que a União precisa adequar o país para que não perca o seu nível de competitividade internacional, mas que não se sangre a economia pública para simplesmente beneficiar a privada. Creio na capacidade do Governo em apontar soluções. No quadro ao lado, do jornal 'Valor', um estrato dessa reunião.
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Para finalizar, retomando a questão regional, creio ser imprescindível o fomento e a preparação para empreendedores locais se adequarem as novidades do mercado e que tenham instrução, financiamento e assessoria para investirem em "negócios" para suprir a demanda exigida e necessária, gerando emprego e renda. Para tanto, à título de sugestão, aos interessados ficam reservados os dias 29 e 30 de maio/12, a Conferência Conteúdo Local para a Indústria do Petróleo e Gás, promovida pela IPQC. muito interessante o evento.
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11h22min.        -           adelsonpimenta@ig.com.br

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