PODER ALIANÇADO
Ontem (7), tive que ir ao Centro da cidade de São Sebastião para resolver pendências e aproveitei para espichar um pouco a prosa com algumas pessoas e foi quando percebi que há um certo clima de desconfiança em relação a aliança política do Presidente da Câmara, MARCOS TENÓRIO, com o Prefeito ERNANE PRIMAZZI. À todos, indistintamente, com os quais conversei e algo parecido ouvi, disse a mesma coisa, não se iludam - o poder está aliançado. Uma ou outra voz mais inquieta, todavia, me dizia sobre um elevado grau de descontentamento na base governista na Câmara, mas internamente, ou seja, entre os próprios pares e a dose para isso teria sido a eleição da Mesa Diretora - de onde ficaram de fora alguns "medalhões" da política local. Bem, não vou negar que quanto a isso pouco falei, não tenho todas as informações, mas, um gaiato, sempre ele - um gaiato, que aparentemente não só acompanhou a todas as articulações, como foi também o ponto eletrônico das oitivas que precederam a eleição, me disse que a opção do eleito foi buscar respaldo entre os "de fora", já que os "de dentro" não deixaram margem para conversa - visto terem se apresentado todos como candidato à Presidência. Pois bem, num ou noutro caso, seja lá qual for a de sua escolha, amigo leitor, o fato é que as condições de governabilidade estão postas, haverá uma tímida oposição e 2014 fica logo ali. O segredo da coisa foi: Os governistas fizeram a mesa, mas com a adesão dos ensaístas da oposição
Se me perguntarem o que acho disso tudo, eu direi: Creio que o MARCOS TENÓRIO milita pelo seu partido e está pronto para ser um doas nomes ao Legislativo Estadual ou Federal, como também creio que a engenharia política do prefeito preza pela inteligência. Ora, se da base governista saírem alguns candidatos, isso pode desidratar a capilaridade eleitoral que busca os dois principais adversários do prefeito hoje, JUAN GARCIA, que monopolizou o discurso da oposição; e FELIPE AUGUSTO, que encampou o discurso de via alternativa. Não obstante, na gestão passada, o prefeito ERNANE teve todas políticas as condições de usar a mão forte do Governo nas articulações pela desaprovação das Contas do ex-prefeito, mas não o fez. Na eleição, todavia, viu-se sua assertiva. No fim da eleição municipal, quando ERNANE já estava reeleito e naturalmente mantinha maioria na Casa, novamente se absteve da discussão e liberou sua bancada para aprovar as Contas de JUAN que, como preza a legislação, se rejeitadas, deixaria o ex-prefeito inelegível automaticamente. Mas, vide o histórico recente, não fosse JUAN candidato, o que teria sido extraído das zerésimas? Neste primeiro biênio é hora de manter o fogo brando, e no segundo biênio já se saberá quem estará costeando o alambrado (parafraseando o Brizola), e será as prévias da próxima eleição municipal, quando cada vereador já estará cuidando muito mais de seu quadrado. A política é dinâmica, vamos acompanhando.
É o jogo!
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