O CASO ITATINGA III

Finalizando a série em que trato, do meu jeito e neste espaço, a questão que envolve uma área contaminada do bairro do Itatinga, na região da Topolândia, em São Sebastião/SP, pretendo mostrar um pouco mais da minha opinião que a narrativa dos fatos ocorridos na audiência pública ocorrida ontem (14) na Câmara Municipal. 

Um documento foi gerado dessa audiência pública imediatamente, que é o 'Termo de Compromisso', pelo qual, Petrobras, Prefeitura e Cetesb se comprometem a repassar todas as informações de ações realizadas junto a comunidade do bairro Itatinga. Segundo o Secretário Municipal de Saúde, URANDY ROCHA, houve uma reunião prévia entre as partes e ficou tratado uma parceria médica para procedimentos em parte da população do bairro, principalmente do entorno da área que está sendo descontaminada. Minha sugestão no evento foi a de que se envie uma cópia da ATA desta audiência pública para ciência do Ministério Público, já que este está acompanhando o caso por dentro, com a formalização de um TAC. Sugeri ainda que a empresa que fez os diagnósticos técnicos na área e confeccionou os laudos seja convidada para expor detalhadamente a questão em apresentação a ser feita na Câmara Municipal.

A reclamação dos moradores do local de recorrentes problemas de saúde, principalmente por meios respiratórios, precisa ser levado à sério e estudado profundamente. Segundo eles, o local exala um odor insuportável no ar e há suspeitas de que possa estar emitindo substâncias nocivas à saúde, inclusive cancerígenas. A Petrobras, por sua vez, alega que os ensaios técnicos não acusam essa incidência. Mas, esses mesmos estudos não dizem o que relatou um dos moradores presentes no evento, o amigo EVALDO PEREIRA, que ao bater com a enxada no chão o óleo surge imediatamente da areia, além de seu estado de saúde que era excelente para hoje estar doentio - sob cuidados médicos. Houve uma moradora que reclamou até mesmo do sumiço de seu prontuário na unidade de saúde da Topolândia, que teve a garantia do secretário de Saúde que as providências serão coordenadas pessoalmente por ele nesse sentido.


Enfim, restou mesmo mais dúvidas que certeza. A Cetesb tem muito trabalho pela frente, e a Prefeitura precisa ter a sua liberação para efetuar seus trabalhos de fiscalização dentro da área da Petrobras. O material líquido recolhido dessa área contaminada está sendo levado para a estação de Tratamento de Efluentes - ETE que está dentro da área operacional da Petrobras / Transpetro, segundo o Sr, CARLOS, Gerente da empresa no município. Porém, cabe aqui outra dúvida e nenhuma acusação precipitada:_ Qual aferição está sendo feita nessa água, já que a mesma é jogada no mar depois? A ETE atende a outra finalidade que é a decantação da água do petróleo, portanto, cabe a dúvida. Finalizo afirmando que em meios a tantas indagações sem respostas, com os obstáculos postos contra a fiscalização municipal, o assunto não se esgota.

PS) Estou de posse de um Relatório que gerou uma Ação Civil Pública sobre o caso Itatinga, produzido pela Associação de Combate aos Poluentes, que é uma associação civil sem fins lucrativos. Vou ler com calma, estabelecer os contatos necessários, tentar acessar o inteiro teor da ação judicial e então trarei mais informações aqui, neste blog.
Grato pelo apreço. Envolva-se nesta causa você também.
Foto: Facebook 
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17h41min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br 

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