VEREADORES ARREFECEM O DUELO POLÍTICO

Olá, bom dia
Habitualmente eu não faria esse tipo de comentário, mas, não posso me furtar. Fui assistir pessoalmente a sessão de Câmara sebastianense, ontem (16). Antes de qualquer coisa, preciso dizer que fiquei impressionado com o fato de muitas pessoas estarem frequentando as reuniões. Óbvio que, como sabemos, uma parte é de assessores comissionados, mas, ainda assim, pude notar a presença de pessoas que ali estavam para prestigiar ou reivindicar algo para seu bairro. Esse é um fato positivo, sem dúvidas. O clima político também foi de arrefecimento, mas, interagindo socialmente com o caso, que isso não suprima a necessidade dos debates na Casa.

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O fato é que o vereador GLEIVISON, teria afrontado seus pares em um desafio que mais jogou pra galera que falou pra dentro da Casa em relação a assinatura destes num documento em que pretendia repudiar oficialmente a Petrobras / Transpetro - em face do vazamento de óleo. O que ele teria pronunciado não estimulou o adesismo, distanciou-o. E, segundo soube e percebi na Sessão, na reunião prévia de pauta, que acontece na sala da presidência, os vereadores conversaram sobre isso, com ele à mesa. Noutra frente de sua atuação, que é legítima para quem se opõe, novamente com um discurso de palanque e não de tribuna, teria chamado de ladrões os que, provavelmente, teriam providenciado o saque aos cofres públicos. O contexto não é definitivo e claro, portanto, resta a semeadura das dúvidas. Ontem, GLEIVISON tornou a tocar no assunto, mas, novamente, usou discurso de palanque com frases de efeito, sem definir o alvo direto de sua acusação.


Por se tratar de dinheiro público e a oração ter ficado sem sujeito, o Prefeito da cidade, ERNANE PRIMAZZI, encaminhou Ofício à Câmara nesta sessão legislativa de ontem (16) requerendo cópia da sessão do dia 9/4. Nos cochicholos, entre os apressados,  falou-se desde de ações pontuais como interpelação judicial,  como em estabelecimento de Comissão Especial de Inquérito/CEI pela Comissão de Ética da Casa para avaliar falta de decoro parlamentar que, se estabelecida, pode, entre outras coisas, propor a cassação do mandato parlamentar. Particularmente, sou contrário a esta última possibilidade, não tenho apreço pela tomada de mandatos outorgados pelo voto popular. 
Narrado os fatos acima, a razão pela qual resolvi escrever esta nota é muito mais pelo fato de que o vereador GLEIVISON, agora no uso da tribuna e não mais sobre um palanque, disse que o que teria motivado o acirramento de ânimos na última sessão legislativa, do dia (9/4), teria sido o que algumas pessoas publicaram nas redes sociais, principalmente no Facebook. Independentemente do que tenham sido essas publicações, o que, neste caso, para mim é o menos importante, fico me perguntando: Ora, que saída é esta? Quer dizer que seja lá o que for que postem no Facebook, isso será capaz de influenciar a atividade parlamentar, esquentar ânimos, motivar acusações sem alvo definido, aguçar o uso de  palavras ofensivas, estimular discursos que desagreguem internamente? Não, definitivamente não. Sem entrar no mérito da atitude da semana passada, e as justificativas trazidas esta semana são fugas, subterfúgios. Com todo respeito que tenho pelo parlamentar, prefiro sua atuação na tribuna que a viagem do palanque. 
É o meu entendimento.
Fotomontagem: blog. socialmix
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12h05min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br
  

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