SOLIDÁRIOS OU SOLITÁRIOS?
A notícia é velha. Os vereadores governistas de São Sebastião/SP, migraram para um novo partido que saiu das entranhas do PDT, o novo Solidariedade. Ercílio deixa o PV, que tem na pessoa de Wagner Teixeira o principal expoente da legenda. Simei deixa o PSC, simplesmente o partido do prefeito Ernane. Ambos debutantes no Legislativo. O Presidente da Câmara, Marcos Tenório teve o convite para ir também, optou por ficar no PSC. Mas, e daí, o que isso tudo quer dizer? Não sei, mas arrisco uma leitura de cenário.
Há sempre mais coisa em jogo que o que os olhos enxergam, ninguém troca de partido ou recusa esse tipo de convite por um acidente, é sempre um movimento pensado previamente - e com segundas intenções. Nada de incorreto, apenas ingrediente natural do processo. A primeira pergunta que cabe é: Os vereadores diminuíram o tamanho da bancada governista na Casa, ou trouxeram um novo partido para o Governo? Segundo, até que ponto esse tipo de mexida não tem ligação com as discussões que já começaram pela composição da nova Mesa Diretora da Câmara em 2015?
Importante dizer que Ernane não concorrerá mais, já foi reeleito. Da Câmara, dois nomes já ensaiam a disputa para o principal assento do Paço Municipal, sendo Tenório e o Reis (PSB), por enquanto. Da bancada do PSDB percebe-se uma ligeira mudança de humor em relação ao governo, saindo de uma alinhamento mais programático para uma posição política mais pragmática, vide o caso da insurgência contra os procedimentos adotados pela aprovação da Planta Genérica do IPTU e, na sessão de ontem (22), só para citar os casos mais sensíveis e recentes para ilustrar esta leitura, o discurso contra o pedido de urgência sobre uma matéria.
Pelo lado da oposição, o vereador Gleivison verbaliza seu descontentamento e a temporada de ficar falando sozinho parece estar alcançando novos dias, já que os tucanos flertam com um discurso mais à esquerda. Não é possível ainda saber de fato os desdobramentos de tudo isso, mas é certo que a eleição de 2014 terá também sua importância tática para alguns, já que as fichas serão lançadas sobre o nome do vereador Ernaninho na busca de uma cadeira na ALESP, entre outras apostas que alguns partidos estão avaliando. Absolutamente nada é feito sem cálculos políticos prévios, logo, resta saber que resultados buscam os vereadores que desceram dos dois partidos que estão no poder para embarcar num recém criado.
Como nem tudo o que reluz é ouro, será importante observar como o prefeito Ernane se porá nessa nova conjuntura, porque ele não precisa de todos no Legislativo, só de uma maioria. O PT não tem nenhum vereador, logo, o seu pretendente ao cargo majoritário da cidade, Fernando Puga, faz política diuturnamente pelo lado do controle social e participação popular. Todos estão trabalhando - e já há diálogos acontecendo com vista em 2016, embora eu considere tudo isso ainda muito precipitado. Senhoras e senhores, de olho nos partidos, porque é por este caminho que os políticos terão de fazer as suas jogadas.
É o jogo!
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09h26min. - adelsonpimenta@ig.com.br
Importante dizer que Ernane não concorrerá mais, já foi reeleito. Da Câmara, dois nomes já ensaiam a disputa para o principal assento do Paço Municipal, sendo Tenório e o Reis (PSB), por enquanto. Da bancada do PSDB percebe-se uma ligeira mudança de humor em relação ao governo, saindo de uma alinhamento mais programático para uma posição política mais pragmática, vide o caso da insurgência contra os procedimentos adotados pela aprovação da Planta Genérica do IPTU e, na sessão de ontem (22), só para citar os casos mais sensíveis e recentes para ilustrar esta leitura, o discurso contra o pedido de urgência sobre uma matéria.
Pelo lado da oposição, o vereador Gleivison verbaliza seu descontentamento e a temporada de ficar falando sozinho parece estar alcançando novos dias, já que os tucanos flertam com um discurso mais à esquerda. Não é possível ainda saber de fato os desdobramentos de tudo isso, mas é certo que a eleição de 2014 terá também sua importância tática para alguns, já que as fichas serão lançadas sobre o nome do vereador Ernaninho na busca de uma cadeira na ALESP, entre outras apostas que alguns partidos estão avaliando. Absolutamente nada é feito sem cálculos políticos prévios, logo, resta saber que resultados buscam os vereadores que desceram dos dois partidos que estão no poder para embarcar num recém criado.
Como nem tudo o que reluz é ouro, será importante observar como o prefeito Ernane se porá nessa nova conjuntura, porque ele não precisa de todos no Legislativo, só de uma maioria. O PT não tem nenhum vereador, logo, o seu pretendente ao cargo majoritário da cidade, Fernando Puga, faz política diuturnamente pelo lado do controle social e participação popular. Todos estão trabalhando - e já há diálogos acontecendo com vista em 2016, embora eu considere tudo isso ainda muito precipitado. Senhoras e senhores, de olho nos partidos, porque é por este caminho que os políticos terão de fazer as suas jogadas.
É o jogo!
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