IMPACTO LÁ E CÁ: CONTÊINERES


Por ocasião do processo de licenciamento do projeto de expansão do porto de São Sebastião, a respeitada sociedade ilhabelense, principalmente por meio de suas organizações do terceiro setor, subiu o tom em relação a parte do projeto que destacava o armazenamento e movimentação de contêineres. Foi lançada inclusive uma campanha publicitária, tudo muito bem organizado, sinal de quem está disposto a influir mesmo no processo, com...

O fato é que a expansão do porto atende ao interesse macroeconômico do Estado e a economia do Município de São Sebastião. Há um volume de tributos e demais valores agregados que interessam à cidade, já que o porto está estabelecido. No momento em que a Ilhabela se defrontou com parte do projeto, sem tentar medir o interesse público dessa ação pela sociedade como um todo, o que as entidades ambientalistas capitaneavam era mesmo o interesse capital, principalmente com discurso voltado ao turismo, sob alegação de poluição visual, em detrimento do que almeja a cidade de São Sebastião, com esse negócio.

Embora não se pareça aos olhos nus, isso termina gerando um conflito de interesse fiscal entre as prefeituras. Ora, ao exigir coisas, sob a bandeira de um turismo que se transporta pelas balsas e gasta e consome na cidade de lá, a cidade de cá fica com tais impactos, como já disse, e perde em arrecadação, caso o pleito ilhabelense seja considerado ao pé da letra. Não foi, mas e aí? A causa era essa. Mais que uma discussão de interesse social, há que se pôr comparativos num patamar mais adequado das coisas. O impacto que o contêiner provocaria do lado ilhéu é o mesmo, maior ou menor que o impacto que a desautorização dessa obra causaria aos cofres públicos de São Sebastião? O Poder Legislativo de ambas as cidades poderiam fomentar esse debate, ele é fundamental. 
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17h03min.    -    adelsonpimenta@ig.com.br

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