JUAN FALA EM EMISSORA RADIOFÔNICA SOBRE IPTU

O ex-prefeito de São Sebastião, Juan Garcia, acaba de participar do programa de jornalismo de uma emissora radiofônica da cidade. Ele começou dizendo que o único vereador que votou contra foi o de seu partido, o PMDB. Disse que considerou as manifestações que aconteceram na cidade, "muito incipientes", de maneira que, "por gozar da amizade de Paulo Skaf, com quem se encontra regularmente", foi buscar seu apoio. Falou que buscou diálogo constante com o setor jurídico da Fiesp e que o Juiz relator acompanhou a denúncia suspendendo os efeitos da lei que revisou a Planta Genérica de Valores do IPTU.

Diz que não quer fazer política com isso e citou o ato de reclamação do vereador tucano Jair Pires junto ao Ministério Público. Falou sobre ações que devem anteceder esse tipo de procedimento, como, por exemplo, estudo técnico. Disse que o fato de ter sido pedido tramitação Especial, pressupõe haver "coisa errada". O pedido de sessão extraordinária pedido pelo Poder Executivo, segundo Juan, foi um erro, no que contestou os procedimentos adotados pelo Poder Legislativo, dizendo que "está contaminado". Mas, Juan, assim como no começo da Adin proposta pela Fiesp e Ciesp, e não pelo PMDB sebastianense, voltou a falar sobre a incapacidade financeira da população para pagar. Logo após, para reclamar seu exemplo, citou o que chamou de "majoração" do IPTU da Petrobras, chamando de equívoco.

O ex-prefeito falou que "São Sebastião tem um delírio arrecadatório". Sobre o entendimento do Juiz Relator, Juan disse que o princípio da Adin não é o que "querem fazer acreditar, mas sobre os princípios da Constituição que foram feridos", falou. Mas sobre o quê e quem quer fazer crer, e em quê, do que se trata efetivamente esse seu argumento, ele não falou. Acrescentou ainda que o desconto no pagamento das parcelas pode ser considerado "crime de responsabilidade", e orientou que as pessoas paguem no dia do vencimento das parcelas, crendo que a Adin logrará êxito no TJ/SP. Ele disse isso sabendo que a Liminar foi concedida sem que o Juiz Relator tivesse ouvido a Prefeitura e a Câmara, quando será pedido documentos comprobatórios que demonstrem a lisura dos procedimentos adotados - no julgamento do mérito da Ação.

Indagado, Juan disse que sobre a cobrança doravante, a Prefeitura terá que dizer se lançará novos carnês ou não, e disse que as pessoas que querem pagar devem ir ao banco e anotar o valor com a observação da inflação sobre o valor do ano passado, 2013. Juan disse que a taxa de lixo sofreu aumento de 50%, o que teria ocorrido sem nenhuma discussão, e acusou não haver nenhum estudo da Prefeitura, já incriminando o fato de se porventura for apresentado algum agora, o que não teria valor, em sua opinião. Quanto ao prazo, não daria para ser diferente, falou sobre os 30 dias dado pelo Juiz Relator.

Juan chamou as pessoas que fazem política em São Sebastião de hipócritas, alegando ser esta a razão pela qual não foi o seu partido - o PMDB em São Sebastião que ingressou com essa Ação judicial. Sendo assim, disse que foi procurar o Paulo Skaf em nome de sua amizade. Disse que a Fiesp estaria em São Sebastião "se não tivessem rompido o Convênio", se referindo a Prefeitura. O que Juan não explicou é que a Fiesp é uma entidade patronal, representa portanto o patrão e não o trabalhador. A exploração política já está sendo feita, inclusive com apoio da emissora radiofônica, já que não foi o ex-prefeito nem o PMDB local que ingressou com a Ação, tanto que para fechar sua participação fustigou, dizendo que "tem pessoas que se mantém no cargo por Liminar". 

Foi o que ouvi, ou seja, nada de novo no horizonte, é mais do mesmo.

É o jogo!

Fotos: Fanpage de Juan Garcia e Paulo Skaf / Facebook

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09h45min.    -   adelsonpimenta@ig.com.br