GLEIVISON DEVE SER SUBMETIDO A COMISSÃO DE ÉTICA DA CÂMARA
Há algumas semanas, ainda durante o recesso parlamentar, o vereador de São Sebastião/SP, Gleivison Gaspar (PMDB), do alto de um palanque improvisado, numa manifestação social contrária a revisão de Valores do IPTU, fez a comparação mais mesquinha possível, ao dizer que "o açougue Ricotta faz mais falta que o Legislativo". Ele não contestou a atuação de um parlamentar especificamente, ele não atacou a legislatura da qual faz parte, o que já fez em vezes passadas, ele não apontou um ato falho qualquer. Não. Ele se voltou - em tom professoral e deseducado contra uma das principais conquistas da sociedade, o Poder Legislativo.
Há um prejuízo sociológico muito sério nessa equação. Não é uma crítica feita a gestão de um partido; antes porém, é um desserviço, é a perigosa tentativa de desconstrução de um pilar de nossas conquistas em lutas - o Legislativo. Gleivison deve ser levado à Comissão de Ética da Casa. O resultado das eleições municipais de 2012 mostram algo diferente, sendo que, dos eleitores que foram às urnas, houve mais gente votando em candidato a vereador do que para os candidatos a Prefeito. É preciso, portanto, com todo respeito, discordar do vereador Gleivison.
Esse tipo de comparação deseduca. E mais, se a Casa não tem importância, por que se candidatou? Ora, o caminho mais fácil seria o da renúncia. Por que não renuncia ao mandato e vai fazer política no açougue? É um desrespeito com a sociedade, é um desrespeito com os vereadores e funcionários da Casa e é um desrespeito com os açougueiros, é um desrespeito com os empresários, é um desrespeito com a história.
Há algumas semanas, ainda durante o recesso parlamentar, o vereador de São Sebastião/SP, Gleivison Gaspar (PMDB), do alto de um palanque improvisado, numa manifestação social contrária a revisão de Valores do IPTU, fez a comparação mais mesquinha possível, ao dizer que "o açougue Ricotta faz mais falta que o Legislativo". Ele não contestou a atuação de um parlamentar especificamente, ele não atacou a legislatura da qual faz parte, o que já fez em vezes passadas, ele não apontou um ato falho qualquer. Não. Ele se voltou - em tom professoral e deseducado contra uma das principais conquistas da sociedade, o Poder Legislativo.
Há um prejuízo sociológico muito sério nessa equação. Não é uma crítica feita a gestão de um partido; antes porém, é um desserviço, é a perigosa tentativa de desconstrução de um pilar de nossas conquistas em lutas - o Legislativo. Gleivison deve ser levado à Comissão de Ética da Casa. O resultado das eleições municipais de 2012 mostram algo diferente, sendo que, dos eleitores que foram às urnas, houve mais gente votando em candidato a vereador do que para os candidatos a Prefeito. É preciso, portanto, com todo respeito, discordar do vereador Gleivison.
Esse tipo de comparação deseduca. E mais, se a Casa não tem importância, por que se candidatou? Ora, o caminho mais fácil seria o da renúncia. Por que não renuncia ao mandato e vai fazer política no açougue? É um desrespeito com a sociedade, é um desrespeito com os vereadores e funcionários da Casa e é um desrespeito com os açougueiros, é um desrespeito com os empresários, é um desrespeito com a história.
OUTRAS ESQUISITICES, NA CÂMARA
Me recordo de que na legislatura passada, por exemplo, numa quizumba política na Câmara, o então vereador Maurício do Canto do Mar ingressou na Justiça para que o então presidente da Casa, vereador Artur lhe desse acesso à documentação oficial da Câmara - no contexto das famosas indenizações trabalhistas. Isso também foi grave, em meu entendimento. A Lei do Acesso à Informação, que serve de guia ao cidadão comum, já estava em vigor, e a lei que determinava o Portal da Transparência já fazia aniversário.
O Juiz ANTONIO CARLOS C. P. MARTINS, da 1° Vara de São Sebastião concedeu medida Liminar Parcial sobre o que pediu o Vereador MAURÍCIO, determinando que ARTUR apresentasse toda documentação relativa as indenizações trabalhistas. Ora, por mais uma vez o Judiciário era chamado para intervir sobre um outro poder, o Legislativo -e isso é enfraquecedor. Ensaiou-se, inclusive, a tentativa de se buscar a abertura de uma Comissão Especial de Investigação/CEI, principalmente sobre os atos administrativos da Presidência da Casa. Não aconteceu, mas o clima ficou beligerante.
Outro episódio marcante foi o azedume interno, nessa mesma legislatura passada, quando pela primeira vez vi vereadores emendarem o Orçamento para que recursos obrigatórios e constitucionais do duodécimo orçamentário fossem destinados à investimentos da Prefeitura. O contexto era o do discurso de gestão eficaz pelo então presidente Artur, que prometia economizar para devolver dinheiro ao Governo. A Justiça também foi buscada, no sentido de garantir que essas emendas subissem à pauta, já que havia resistência do presidente da Casa na época. São ações assim que de fato enfraquecem o Legislativo e o distanciam a sociedade de seus representantes.
Outro episódio marcante foi o azedume interno, nessa mesma legislatura passada, quando pela primeira vez vi vereadores emendarem o Orçamento para que recursos obrigatórios e constitucionais do duodécimo orçamentário fossem destinados à investimentos da Prefeitura. O contexto era o do discurso de gestão eficaz pelo então presidente Artur, que prometia economizar para devolver dinheiro ao Governo. A Justiça também foi buscada, no sentido de garantir que essas emendas subissem à pauta, já que havia resistência do presidente da Casa na época. São ações assim que de fato enfraquecem o Legislativo e o distanciam a sociedade de seus representantes.
É a minha opinião
PS) às 00h44min. de 24/02/14: Pelo Facebook alguém observou bem o fato de o então deputado constituinte Lula ter acusado que no Congresso havia mais de 300 picaretas e coisa e tal, mas não renunciou ao mandato. Confere, portanto, devidamente corrigido nesta página.
-
17h30min. - adelsonpimenta@ig.com.br
Comentários
Postar um comentário