NOTA DO TENÓRIO À IMPRENSA

Recebido por e-mail)
Via: Assessoria do Parlamentar

Ditadura é não poder questionar.

Nos últimos dias, eu tenho acompanhado na mídia e nas redes sociais um debate em que me acusam de adotar uma postura ditatorial ao decidir encaminhar à Comissão Parlamentar de Ética uma representação, onde pontuo algumas atitudes do vereador Professor Gleivison que, eu entendo, ter ultrapassado o limite da ética e do decoro.

Por eu fazer parte do mesmo partido do prefeito, os mais afoitos acreditam que a minha atitude visa intimidar o parlamentar que atualmente faz oposição ao governo.

Quem acredita nisso, com certeza, desconhece a envergadura do vereador Professor Gleivison como homem público, pois, do contrário, saberia que dificilmente ele se dobrará diante de alguma intimidação.

Além disso, também desconhece o meu caráter. Desde que assumi a presidência da Câmara de São Sebastião eu procuro ser justo e tratar todos os vereadores da mesma forma, dando iguais condições de trabalho, com veículos, gabinetes e assessores.

Portanto, não se trata de picuinhas ou perseguição política. Não se trata de querer intimidar o vereador. Não existe a polêmica Gleivison x Tenório. Esse antagonismo que estão querendo fazer o povo acreditar não é verdade, pelo menos não da minha parte.

Eu respeito o vereador Professor Gleivison, assim como respeito a todos os demais vereadores. Uma prova disso é que quando eu decidi representar o parlamentar à Comissão de Ética, antes, eu o chamei à minha sala e comuniquei a decisão.

Por exemplo, há quem diga que participar de uma sessão vestindo bermudas e chinelos, comparar à Câmara a um açougue ou se referir a outro parlamentar por apelido não seja falta de decoro.

Como um democrata eu aceito esse pensamento, mas me dou ao direito de discordar.

Na minha opinião, essas atitudes demonstram pouco caso com os demais parlamentares, que foram eleitos e estão na Casa representando uma parcela da comunidade, e com a instituição Câmara, sede do Poder Legislativo. Enquanto estiver como presidente, não posso permitir isso.

E graças a esse direito democrático, conquistado no passado à custa de muita luta e perdas irreparáveis, é que eu decidi tomar essa atitude. Está nas mãos da Comissão de ética avaliar o caso, ouvir a defesa do parlamentar e tomar uma decisão.

Da minha parte, eu estou com a consciência tranqüila porque agi de acordo com as minhas convicções.

A democracia permite que as pessoas pensem de forma diferente, possam expressar as suas opiniões, mas ninguém está acima do bem e do mal. Nem mesmo o vereador.

Será que abraçar a causa da imunidade parlamentar para garantir que o vereador não seja questionado com relação às suas atitudes é o caminho correto para quem defende um sistema democrático?

Colocar o parlamentar em um pedestal, aonde ele não precise responder sobre os seus atos é o que entendemos ser democracia?

Ou ser democrático implica em aceitar que as pessoas pensam de forma diferente, que todos podem ser questionados e terão direito de ampla defesa?

Marcos Tenório
Presidente da Câmara de São Sebastião
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10h14min.      -     adelsonpimenta@ig.com.br

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