TSE ABSOLVE PREFEITO E MOLHA PÓLVORA DOS ROJÕES DA PRAÇA

Por decisão monocrática, dados os recursos interpostos, o TSE zerou a gaveta, absolvendo o prefeito de São Sebastião/SP, Ernane Primazzi (PSC) e seu vice, Dr. Aldo (PP). Com isso, caíram todas as dúvidas, não resta mais qualquer processo de cassação de mandato. Está devolvida a estabilidade social e a segurança jurídica do pleito. O ex-prefeito Juan Garcia (PMDB), que havia judicializado o resultado da última eleição municipal -, aliás, a segunda que perdeu nas urnas consecutivamente para o mesmo adversário, apostava alto que suas denúncias e teses seriam suficientes para ejetar o prefeito de sua cadeira, e cria que se sentaria no seu lugar para governar a cidade. Perdeu.  


Fogos na Praça do Coreto (Centro da cidade) e até um ensaio de carreata de correligionários e simpatizantes do ex-prefeito pelas ruas do bairro Topolândia, segundo soube, houve. Nas reuniões de seu partido, em eloquência de dar gosto para consumo interno, assegurava que alteraria o resultado das urnas convencendo a justiça, e que seria o prefeito novamente. Houve quem cresse. Ele é um líder político que tem habilidade em manter em suspense os interesses dos que o cercam, reconheça-se, mas, em face dos acontecimentos, já que a vida real nem sempre segue a vida dos devaneios e quimeras, vem desintegrando seu discurso e fazendo arrefecer o calor dos que o defendem. Com a palavra final dada pelo TSE, seu futuro político fica em xeque.  

Ernane, habitualmente impávido colosso, não mexia um só nervo sensitivo do rosto, mas, como de ingênuo não tem nada, em sua defesa constituiu bons advogados. Não fez alaridos nem esboçou reações quando o momento mais lhe foi desfavorável judicial e politicamente. Não comemorou publicamente, mas sabe que garantiu o seu mandato eletivo até o fim e que jogou água na pólvora dos rojões da praça. 

As denúncias eram sobre o jornal Expressão Caiçara, que teria servido de instrumento eleitoral em favor da candidatura de Ernane, o que seria "abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação"; outra se referia a um procedimento administrativo de doação de terra particular para a municipalidade em comício em Maresias, que seria "captação ilícita de sufrágio"; outra ação se referia a substituição do candidato a vice, quando saiu Wagner Teixeira e entrou Dr. Aldo na disputa pela reeleição, que seria ilegal, segundo Juan. Para nenhuma delas restou condições festivas para os rojões na Praça.

É fragorosa a derrota de Juan que, mesmo tendo dito que recorrerá pedindo que os processos sejam julgados pelo Pleno não acatando a decisão monocrática do TSE, amarga mais essa na disputa que vem travando com Ernane. O Prefeito, por sua vez, manifestou-se em nota de redação gélida, simplesmente tomando o caso por encerrado e se dando por satisfeito, manifestando que o trabalho em favor da cidade não cessa, que nunca deixou de crer na Justiça e que não cabe mais discursos políticos contrários já que nos autos teriam sido esgotados todos os argumentos do acusador.
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22h47min.      -     adelsonpimenta@ig.com.br 

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