ERNANE PAGA PELO MALFEITO DE JUAN


A malfadada obra de construção inacabada e eivada de irregularidades, do que se quis dizer ser um Centro de Convenções de São Sebastião/SP, vem finalmente ao chão. A demolição - que sairá ao custo de R$ 600 mil, é tardia, diga-se, justamente porque o prefeito da cidade, Ernane Primazzi (PSC), relutou o quanto pôde em fazê-la.  Salvo engano, uma Ação Civil Pública foi proposta à época pela OAB. O MP/SP não titubeou sobre o caso. O contrato foi condenado pelo órgão financiador do Estado, o Dade. O fato merece uma CPI da Câmara Municipal, e, até mesmo uma Investigação da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo - ALESP. 

Numa tentativa de politizar a ação administrativa,  pelas redes sociais, estrategicamente, coube ao vereador Gleivison Gaspar (PMDB), o apelo emotivo sobre a obra, cunhando a expressão "revanchismo". O fim dessa história é com os tratores derrubando o esqueleto. Tenta-se dominar a versão, no sentido de distorcer a compreensão pública dos fatos. Enfim, uma manobra política do vereador que pertence ao grupo do ex-prefeito Juan Garcia. 

A obra, que custou caro ao bolso do contribuinte, foi objeto de matérias jornalisticas na mídia nacional, piadas e anedotas de comediantes, charges extrovertidas de artistas, e virou meme na rede; serviu para isso, menos para a finalidade a que se propunha, que seria um Centro de Convenções. A Prefeitura, ou seja, você e eu, devolve quase R$ 2 milhões ao Estado, lê-se Dade, em parcelas de R$ 36 mil mensais. A gestão de Ernane paga pelos malfeitos da gestão de Juan.

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01/04/14

Por este contrato, pessoas tiveram bens bloqueados e, provavelmente, terão que ressarcir o erário público. O Ministério Público - MP/SP, ajuizou ação exigindo a restituição da área. Veja quantos órgãos públicos envolvidos no caso. A maior omissão até aqui tem sido da Câmara Municipal, que, em meu entendimento, já deveria ter proposto a abertura de uma Comissão de Investigação sobre o caso.

O desmanche do malfeito físico está sob a responsabilidade contratual da empresa VR Demolições, segundo 'Nota Oficial' da Prefeitura, e deverá levar três meses. A obra data de 2008, e custou mais de R$ 2 milhões. Há inclusive uma tentativa de se embaralhar as coisas para confundir a opinião pública, por parte de adversários políticos - em explícita politização do ato, ao aludir a esse caso a obra do Hospital de Boiçucannga, como se uma coisa fosse idêntica a outra - e não o é.

No caso do Hospital da Costa Sul, os recursos investidos são da própria Prefeitura, que estão sendo remanejados, visto que os valores de IPTU da Petrobras -, destinados em parte para essa finalidade, estão sendo feitos com depósito em juízo. O Prefeito Ernane busca resolver essa pendência no julgamento do mérito, ao mesmo tempo em que se articula institucionalmente, inclusive sobre a direção maior da estatal. Ernane parou a obra para preservar a manutenção de outros serviços à população, enquanto não resolve a pendência, e só poderá de fato ser questionado em relação a essa obra ao término de seu mandato - que ainda tem mais dois anos pela frente. Uma coisa não tem nada a ver com a outra.

É isso.
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11h05min.     -     adelsonpimenta@ig.com.br 

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