CÂMARA VAI LEVAR POLÍTICA ONDE VIROU CASO DE POLÍCIA
Que a relação institucional entre a Prefeitura de São Sebastião/SP e a Petrobras e Transpetro, diretamente responsáveis pelas operações terrestres e marítimas no Tebar, virou caso de polícia, todos já sabem. Intuía-se, e hoje se tem certeza.
A estatal é obviamente importante para a cidade, desde que cumpra com seus compromissos ambientais, sociais e fiscais. Gera emprego, mas fatura alto com suas operações - que são suportadas pela base operacional que possui na cidade. A Prefeitura precisa administrar, e, para tanto, conta com a arrecadação de várias fontes, entre as quais, os tributos municipais.
O fato é que o depósito dos valores de IPTU sendo feito em juízo, como já foi dito em prosa e verso, tem provocado prejuízo ao planejamento financeiro do Governo e, por conseguinte, comprometendo investimentos públicos em melhorias para a população.
Segundo conversa com o Presidente da Câmara, vereador Marcos Tenório (PSC), o Poder Legislativo acompanha atentamente aos desdobramentos e, por sua iniciativa, vai tentar patrocinar o diálogo e entendimento entre as partes. "A Casa é de discussão política, logo, precisa participar diretamente desse processo e a hora é essa", disse. Consta que ele já se articula em busca de agendas com executivos da empresa para iniciar as conversações.
Particularmente, assim como lhe disse, chama a atenção o fato de o atual Gerente Geral do Tebar, Sr. Francisco das Chagas; e o Sr. Fábio Kholmann, Gerente Operacional, terem fixado moradia na cidade vizinha, Caraguatatuba, segundo soube. Nada de ilegal, é verdade, é um direito deles residirem onde bem entenderem.
Mas, comparado aos seus antecessores, que moravam em São Sebastião e tinham vida social na cidade, participavam de eventos públicos e dialogavam sempre com as autoridades e personalidades locais, o caso chama a atenção. Pode não ser nada, mas não custa deixar aqui esta anotação também.
Em relação ao papel que os vereadores desempenharão agora sobre o azedume entre as partes, creio ser uma medida acertada; a Câmara é mesmo uma Casa onde os grandes debates devem ocorrer e o interesse público ficar acima das divergências. Foi no Poder Legislativo que a revisão da Planta Genérica de Valores do IPTU foi aprovada. Acho oportuna essa participação política e institucional.
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19h06min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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