WAGNER, O ASPIRA DA VEZ

Hoje, (24/11), conversei um pouco com o secretário de Governo de São Sebastião/SP, Wagner Teixeira, o aspira da vez. Ele nunca disputou uma eleição à majoritária municipal; no máximo, foi vice. Ele pretende ser candidato a prefeito.


Ele se defende judicialmente de restrições que lhe foram impostas pelo período em que presidiu a Câmara Municipal. Todos sabem e comentam isso, mas ele tranquiliza ao dizer que seus advogados lhe garantiram que não haverá impedimento para o seu devido registro de candidatura e possível diplomação, caso se eleja. E se disse motivado para disputar a próxima eleição municipal.

Sua base eleitoral é conhecidamente onde mora, ou seja, na Costa Sul do município, mas afirma que tem amigos espalhados por toda extensão do município, e que sua "história de vida vai adiante de suas pretensões". Empresário, foi taxativo ao dizer que concentra a maior parte de seus negócios na cidade, gerando empregos e renda, pagando seus impostos aqui. 

Conhecedor dos atalhos do jogo local, me disse que tem conversado com diversos partidos e políticos. Não negou sequer uma reaproximação e diálogo com o ex-prefeito Juan Garcia, com quem já travou lutas ferrenhas, política e judicial. O vereador Onofre Neto é outro com quem troca figurinhas.

Com o ex-prefeito Luizinho Faria, hoje Chefe de Gabinete do Prefeito de Ilhabela, ele fuma o cachimbo da paz. O ex-vereador Marcos Leopoldino, que está inelegível também por conta de rejeição de suas Contas à época que presidiu a Câmara, é outro com quem disse que tem boa prosa. E o petista Fernando Puga é alguém com quem Wagner assegura que mantém bom trânsito

Todo mundo conversa com todo mundo. O jogo está sendo jogado.

Nessa semana que passou Wagner, que é filiado ao PV, teve um dia de muita confabulação interna no Governo, em maior parte com o Prefeito Ernane Primazzi, por quem ele diz ter muito apreço e consideração. 

Perguntei se ele será o candidato do Governo, ao que me disse que "essa é uma questão que está sendo discutida, mas que depende mais do prefeito que dele". Especula-se haver outros pretendentes. 

Fez autocrítica dizendo que "o Governo passa por um momento ruim, mas que na balança tem mais fatos positivos que negativos, e que os próximos dois anos serão de muitos investimentos e recuperação". 

Me disse que havia pensado em se dedicar-se aos seu negócios e sair um pouco da política, mas, que foi convencido de que não pode se permitir a deixar a cidade "refém de candidaturas que não acrescentam nada, de quem não tem sequer identidade com o município". 

Fustiguei para saber exatamente do que tratava, e Wagner foi direto ao ponto, sem rodeios, ao dizer que não se pode deixar que "aventureiros" "gente sem qualquer compromisso com a cidade e experiência administrativa" seja candidato sozinho, enfatizando que é por isso que resolveu ir à disputa. 

Ele se referia ao tucano Felipe Augusto, especialmente. 
Usou expressões duras.

"Tem que ter adversário a altura e que lhe aponte seu distanciamento, suas fraquezas e inexperiência. É preciso haver projetos, capacidade de realizar as coisas porque a população não é boba e sabe quem é quem nesse processo", disse. "Trata-se de alguém que já é cumprimentado nas ruas por seus aliados como se já estivesse eleito, mesmo faltando dois anos para a eleição", e arrematou dizendo que "o que menos precisamos é de gente assim.

Wagner falou que "se o tucano andasse pela cidade, por exemplo, saberia que o povo da Costa Sul discorda da forma como 34 novos radares estão sendo postos na rodovia, sem critérios estabelecidos a não ser com a única finalidade de arrecadar ás custas dos motoristas".

Não satisfeito, com voz serena, mas firme, disse que o tucano nunca fez absolutamente nada pela cidade, que trabalhou dois meses na Prefeitura de Caraguá e foi demitido, que sumiu na hora de resolver com as pessoas as desapropriações do Estado pela construção do Contorno Sul, deixando os cidadãos sozinhos, sem apoio político e isso tem um preço, tem um custo político alto", acrescentando: "Não fosse o prefeito, a Câmara Municipal, algumas outras pessoas, os moradores desses bairros em que haverá as alças de acesso perderiam, enquanto o Felipe Augusto ficava tomando champanhe em suas aventuras pelo exterior". 

"As desapropriações são feitas pelo seu partido - o PSDB", e fechou perguntando: "Imagina um sujeito desse no poder, o que vai acontecer com nossa gente, com nossa cidade?", finalizou Wagner.

Falta muito tempo ainda, mas o clima já começa a esquentar.
Vou tentar conversar com outros atores políticos  para este blog.
É o jogo!
-
15h21min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br 

Comentários

Postagens mais visitadas deste blog

GLEIVISON É "MANÉ"

DA CALAMIDADE À EMERGÊNCIA

SITUAÇÃO DE EMERGÊNCIA DE SÃO SEBASTIÃO É LEGAL, SEGUNDO O MP