QUAL É A DELES?


Da Câmara Municipal de São Sebastião partem torpedos para todos os lados, mas principalmente, é de onde mais se ouve que este ou aquele, que fulano ou sicrano será candidato a prefeito em 2016. Bem, uma coisa é certa, estando se cacifando ou não, sentindo qual o termômetro ou não, há nomes sendo postos em discussão, seja por iniciativa própria ou por informes habitualmente terceirizados. Há muito interesse e nenhuma definição. Nem é hora pra isso.

Onofre Neto (PHS)
Disse para mim sobre suas pretensões eletivas para 2016. Nas últimas conversas que tivemos, normalmente casuais, no entanto, adotou um tom mais precavido que o da primeira conversa - que aconteceu antes de ter assumido uma cadeira no Legislativo em substituição a vereadora cassada judicialmente, Solange Ramos, tirando o pé do acelerador e pondo-o no freio. Ele não deixou de se articular, de se movimentar, tanto que atuou na linha de frente na construção de uma chapa à Mesa Diretora da Câmara, mas tem sido mais pontual que expansivo. 

Doravante, terá de se posicionar mais claramente sobre isso, caso queira de fato ir adiante com essa condição de pré-candidato à majoritária. Outra opção, é claro, pode ser a de disputar a reeleição à vereança. Ele tem vínculos fortes de amizade e aproximação política com outro pré-candidato a prefeito, o atual secretário de Governo, Wagner Teixeira, de quem foi responsável pela área jurídica da Câmara quando este a presidiu. Sua postura com ares de independência não é necessariamente o que agrada alguns grupos políticos, mas sua habilidade e conhecimento é o que interessaria ao Governo, segundo especula-se nos bastidores. 

Marcos Tenório (PSC) 
Decidido, não titubeou em instante algum, desde que disse pela primeira vez na tribuna da Câmara que não seria mais candidato à reeleição. Tem se mantido firme no propósito de se viabilizar como candidato a prefeito - e coerente com suas pretensões. sabe qual é o seu quadrado, e talvez por esta razão saiba que precisa ampliar os espaços, ganhar mais apoios e apresentar-se com mais força política no processo. Reiterou seu discurso por outras oportunidades. Sua condição estratégica é a de ser um candidato bem articulado no município inteiro, com mais atuação na região da Costa Norte.

A frente do Legislativo Municipal neste primeiro biênio - e aliado incontestável do Governo, fez planos importantes para abrir o Poder ao público, tendo avançado em algumas medidas, e sobre outras não conseguiu, mas, deixou encaminhado discussões caras à municipalidade como é o caso do Plano Diretor. Ele não fala em trocar de legenda, logo, pressupõe-se que tentará convencer o prefeito Ernane sobre ter seu nome indicado pelo partido à disputa majoritária. O Governo, dia-se, não assumiu ainda nenhum nome específico como sendo o seu possível candidato. Wagner Teixeira seria a bola da vez. Mas, Tenório já adiantou, mesmo que não seja candidato a prefeito, para vereador não será mais. Ele estaria decidido. Há também quem tente fazê-lo repensar, mas que precisa primeiro se fazer ouvir sobre o caso.

José Reis (PSB) 
Foi candidato à presidência da Câmara, tendo sido preterido pela maioria. Mas, há quem diga que seu mérito foi justamente o de ter-se mantido até o fim da disputa, sem ceder qualquer milímetro às propostas que lhe teriam sido apresentadas, mesmo quando percebeu que a fatura já estaria liquidada em favor de seu oponente no pleito - o vereador Coringa. Cumprimentado sempre pela quantidade de votos que teve, sendo o vereador mais bem votado da história da cidade, também fez um discurso de última hora sobre seus novos desafios - e disse que não disputará mais a reeleição, o que foi interpretado por todos presentes como sendo o de que pretende ser candidato a prefeito. Ele contaria com apoio do outro vereador da legenda, o Teimoso. Mas, há uma questão interna que precisa ser dialogada e resolvida, que seria um suposto convite do tucano Felipe Augusto para que o presidente local da legenda, o empresário Amilton, seja o seu candidato a vice-prefeito. 

Ocorre que uma outra especulação dá conta de que o mesmo também teria sido convidado para um dedo de prosa com o prefeito Ernane, no que alguns já dão como certo sua ida para o Governo. Mas, independentemente de qualquer uma dessas situações, o relacionamento político entre os vereadores e seu presidente é um capítulo que precisa ser reescrito. Nada demais, mas uma tarefa inadiável. O partido ganhou maior força política com a eleição do vice-governador do Estado, Márcio França, que seria justamente a razão da aproximação entre Amilton e o tucano na cidade. 

Por ser uma liderança política da Costa Sul e por ter lastro eleitoral, o nome do vereador Reis tornou-se o sonho de consumo da vez para muitos grupos políticos, mas o que ele quer mesmo é ser uma opção do cidadão eleitor. 

Por fim, nem mesmo a possibilidade de os três caminharem juntos num só projeto político não deve ser descartado. Falarei sobre outros grupos políticos da cidade, em postagens subsequentes. 

É o jogo!
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11h39min.    -    adelsonpimenta@ig.combr

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