OUTUBRO É DECISIVO


Todas as tentativas de se tirar do Prefeito de São Sebastião, Ernane (PSC), um nome indicado seu para sua sucessão em 2016 não obtiveram respostas. Ao mesmo tempo, no mercado das especulações, o que não falta são estes nomes. Talvez seja justamente por isso, não havendo um, todos se apresentam. Pelo campo dos adversários, há abundância de pretendentes ao cargo majoritário municipal, todos querendo se cacifar no processo. 

Mais da metade quer ser levado a sério, mas topa negociar. A outra parte... bem, deixa pra lá. Das condições de estruturação de uma campanha, passando pela formação competitiva de partidos num arco de aliança que dê sustentação, até as condições financeiras necessárias para se viabilizar uma candidatura desse porte, mais de um terço dos atuais pretensos nomes já fica pelo caminho. Até para ser candidato periférico é preciso partido, equipe e dinheiro, ainda que seja pouco. Mas, é preciso. Duro, até o andar é feio.

Dessa forma, até que os partidos políticos e seus caciques regionais decidam quais diretorias  terão nas cidades - (porque o troca-troca é uma loucura e tende a piorar até outubro) - e estas componham quais nominatas à vereança será possível ir à disputa e com quais legendas se coligar, muita coisa dita ficará pelo não dito.  

A política é dinâmica, interesses divergentes estão no balcão das negociações, das conversações aqui e acolá, portanto, qualquer coisa que se diga hoje pode não se confirmar amanhã. É cedo para algumas coisas, tempo normal para outras e tardio para algumas. Ao mesmo tempo, mais que a escolha pelos quadros, os partidos precisam conhecer o pensamento coletivo e este é um outro senão o maior desafio, porque a opinião pública está em convulsão, crítica, analítica, questionadora e indefinida. As ruas pulsam, não cabem definições, só estudos.

Assim sendo, em São Sebastião: o mote de uns será o da polarização pelos tucanos com o Governo; de outros, o da terceira via, pelos que creem no desgaste natural de uma disputa acirrada entre dois atores melhor estruturados; e, finalmente, o da alternativa aos grupos postos, que é donde saem candidatos menos publicitários, mais discursivos, querendo ser a cunha entre os concorrentes mais prestigiados por verbas de campanha. 

A população, que é quem decide essa fofoca toda pode surpreender. O nível de esgarçamento na relação entre os políticos e o cidadão é alto. Não é mais com a "promessa" de palanque e/ou de panfletos que se conquistará o coração do eleitor. O que se espera é outro tipo de compromisso, de apalavrado, de política. Quem não se reciclar sobre as agendas públicas caras à cidade e souber fazer disso um pacto negociado com a sociedade, já entrará no pleito perdendo.

Sabe-se que é o voto que decide, mas não se sabe qual a incógnita para tê-lo.
O eleitor está refinando suas escolhas à partir de critérios muito pessoais, cada um com o seu. Aos partidos, cabe decidir até outubro deste ano. Ao eleitor, no outubro do próximo ano. É certo que em outubro tudo se decide.

É o jogo!
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00h53min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br 

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