ELEIÇÕES 2016: SÓ FALTA UM NOME


Já ouvimos falar. Aliás, sem exagero, só se fala nisso. As redes sociais e páginas dos sites informativos locais estão fartos de matérias e entrevistas sobre nomes que postulam o cargo de prefeito à partir de 2016 em São Sebastião, como se fosse hora natural para isso. É cedo demais. É praticamente uma antecipação do processo eleitoral, mas está se tornando cultural. Enquanto a cidade e região enfrentam demandas importantes em seu dia-a-dia que carecem de debates mais aprofundados, os políticos só pensam naquilo.

Essa ofensiva dos pretensos candidatos não é pedagógica. A voracidade pelo poder consome bons costumes, fere a lei e agride o processo. Mas, inegavelmente, é uma discussão que está colocada. Muito jogo de cena, discursos para plateias selecionadas e a explícita tentativa de se conquistar corações e mentes.

As pesquisas de opinião pública - feitas para consumo interno de partidos, grupos políticos, empresários e setores da imprensa, especialmente no quadro do Litoral Norte, destacam uma certa tendência pelo "novo". Não é possível ainda conceituar essa vertente, mas ela existe. Seria o "novo" um perfil mais jovem? Mais técnico? Novo na política? Enfim, este é um desafio aos estrategistas de plantão. Outro é saber o por quê disso. Estaria o político ou a forma tradicional de se fazer política até aqui em xeque? O que o eleitor definitivamente rejeita e quer?

Dos nomes que se permitem ventilar por hora, todos querendo se cacifar, há gente com problemas à serem resolvidos pela justiça, outros que sabidamente não tem sequer grupo de candidatos a vereador que lhe apóiem, outros que dependem de demonstrar a mínima capacidade de se viabilizar partidária e financeiramente, enfim. A discussão é insípida. Por hora, ainda com base em tudo o que tem sido produzido, não há conteúdo programático, não se discute agendas públicas, restando a vontade de cada um em ser candidato - e só.

De todos, todavia, o único que resiste - e faz bem ao agir assim - é o prefeito da cidade, Ernane Primazzi. Ele tem a seu favor o exercício do mandato e, com isso, o comando de uma poderosa máquina pública, vários partidos aliados, estrutura e apoio na Câmara, mas é o menos apressado nesse processo. Só falta ele definir qual será o seu nome à sucessão, para o que até já se criou uma espécie de bolsa de apostas no meio político. 

Frio e calculista, mesmo sendo provocado o tempo todo por todos para expressar quem será seu candidato, cuidadosamente diz que esse debate está prematuro e é extemporâneo. Sabe-se que ele só dirá algo após o fechamento das nominatas dos partidos, que só ocorrerá em outubro. Até lá, vários nomes se lançando e vendo se cola.  A pergunta que resta a ser respondida é: Quem será o escolhido do Prefeito?

É o jogo!
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07h49min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br 

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