TRÊS EM MOVIMENTO

Três movimentos políticos mais recentes sobre o tabuleiro da sucessão regional dos três prefeitos das cidades do Litoral Norte despertam a atenção. Nenhum deles pode concorrer à reeleição, nem assumem um nome à sucessão em suas próprias cidades. Mas, os três se movimentam também nas cidades vizinhas. 

Isso é relativamente novo, nunca foi tão explícito.


Ernane, São Sebastião
Como o único prefeito reeleito da história da cidade, ganhou não só um novo mandato, mas também aumentou seu cacife político -, e tem a caneta que mais nomeações pode fazer na cidade. Ele tem o poder. Como de bobo não tem nada, cronometra o seu próprio timming na escolha de um nome para concorrer, com seu apoio, à sucessão majoritária local. 

Não lhe faltam nomes a disposição, pretendentes de ambos os sexos. Até os que desdenham, não deixam de flertar, se insinuam. Mas, Ernane já disse que isso é para outro momento, não agora. No entanto, ele já tem suas preferências nas cidades vizinhas. Em Ilhabela, conversa com a Juliana Storti e encurta distância com o empresário Adilio. Em Caraguá, é com o ex-prefeito Aguilar que ele tem dado umas talagadas no café.

Colucci, Ilhabela
Ele está a frente de um Governo que desperta uma intrigante curiosidade: quanto mais dinheiro arrecada e, com isso, mais rico fica, menos prestígio político o governante tem e mais problemas com a Justiça arruma; resta ver que na Câmara Municipal - onde sempre teve maioria folgada - ultimamente, só está levando quase que no par ou ímpar, no voto minerva do Presidente, e a assinaturas de Termos de Ajustamento de Conduta - TAC com o MP à mesa. 

Ele também não tem um nome à sua sucessão, porque todos os ensaios que permitiu sequer entraram em cena, é sempre traço nas pesquisas de opinião produzidas para o consumo interno dos partidos. Pode ter importando um nome de outro grupo político, o Márcio Tenório, que é competitivo e migrou para o PMDB, sigla que tem por aliada na gestão. Mas, apadrinha o Luizinho para ser seu candidato em São Sebastião, onde já interveio no PPS. Não o fez diretamente, mas atuou nos bastidores de seu partido. Ele aposta em dias melhores onde não está no poder. Um caso à ser estudado.

Antonio Carlos, Caraguá
Experiente, exerceu os dois mandatos recentes sem ter uma oposição que o forçasse a se reinventar. Já dava o resultado do jogo da sucessão eleitoral para 2016 como favas contadas. Nessa toada, redobrou sua aposta no nome de Felipe Augusto para a sucessão em São Sebastião. Mas, como diria a letra poética de Carlos Drummond: "no meio do caminho tinha uma pedra, tinha uma pedra no meio do caminho...", e ela tem nome, se chama Aguilar. Agora está assim: se correr o bicho pega, se ficar o bicho come.  

Aguilar é páreo duro, tem votos, conhece os atalhos e já deixa gente graúda na cidade e no Legislativo pensando diferente do que há algum tempo se previa. Felipe, que dá expediente - ou deveria - em Caraguá e é pago pelo contribuinte caraguatatubense, vai usando o nome do sogro enquanto pode em São Sebastião. Mas, suas escapadas de uma cidade para a outra vão se tornando o material de campanha do principal adversário de seu tutor político em Caraguá. Antonio Carlos refaz seus cálculos, e Aguilar se põe à embaralhar.

É o jogo!

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