CONTAS DE 2012: OPOSIÇÃO EVADIU
Nada de anormal, já que é o Poder Legislativo quem analisa e define se aprova ou não o Parecer dado pelo Tribunal de Contas - TCE.
O voto não é um cheque em branco, pelo contrário, é um contrato público de responsabilidade na representatividade política. O que quer que o vereador, deputado, senador, prefeito, governador, presidente da República, enfim, faça, tudo tem a ver com a sociedade. O que ele pronuncia, a forma como se porta, o voto que dá sobre as matérias, o aparte, a questão de ordem, tudo isso é de interesse público.
O vereador é fiscal e legislador. Acontece que o homem público precisa ser claro, transparente, objetivo e ter posições sobre os temas que lhe chegam às mãos.
No caso dessas Contas de 2012, por exemplo, estranhamente, os vereadores da oposição, PMDB e PSDB, se evadiram do local, abrindo mão de votar. Ambos, todavia, pertencem a grupos políticos que disputarão a sucessão.
No caso do PMDB, o então prefeito teve suas Contas, mesmo com Parecer pela rejeição do TCE, aprovadas na Câmara. Não é normal que agora o vereador da legenda se furte a votar, nem que seja contra.
Pelo PSDB, é difícil entender os motivos pelos quais não votaram. Não significa que tivessem que aprovar ou rejeitar o Parecer do TCE, mas que se posicionassem. Como avaliar a definição do voto, se ele não aconteceu? A opção de se retirar deixa o PSDB ainda mais distante da clareza sobre o que quer pela cidade. Isso é ruim e empobrece a qualidade da discussão política na cidade.
Essas contradições que obscurecem a atitude pública precisam de luz.
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11h28min. - adelsonpimenta@ig.com.br
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