O QUE A ILHA CONSOME?


Em Ilhabela o cenário político não tá favorável, não tá tranquilo para o prefeito Colucci fazer sua sucessora. Ele escolheu e anunciou a ex-secretária de Educação como sua candidata. No discurso já passou recibo ao dizer que há divergências, mas que é o nome que mais une as pessoas de seu grupo político, ou seja, rachou. Nas emissoras de rádio os spots institucionais não falam de outra coisa senão de supostas benfeitorias na, adivinhe: Educação. O dirigismo político com recursos institucionais está nítido - e os adversários cochilam ao não denunciar.

A dianteira nesse momento, segundo percepção na conversa com os ilhéus e pesquisas de opinião eleitoral feitas para consumo interno dos partidos, está com seus oponentes. Tive acesso a algumas. Conste: nenhuma delas registradas por não terem sido feitas para publicação, apenas para definição de estratégia de trabalho de grupos políticos. 

Realidade:
Ilhabela está rica. Bilionária, para ser mais exato.
O fruto dessa riqueza é principalmente os royalties do petróleo. Que bom, já que os impactos pela atividade exploratória praticamente inexiste no local, o que é uma novidade. Em Ilhabela, o máximo de ligação com a indústria petrolífera são alguns postos de combustíveis. Mas, como dinheiro público precisa ser gasto, é o Prefeito quem define onde e como. No caso da Ilha, obras faraônicas e sem uso pelo contribuinte ganham espaços, enquanto a Saúde pública carece de investimentos e gestão.

O que a Ilha consome, já que vai às compras?
A população será levada a analisar a necessidade desses gastos.

Lanchas caríssimas compradas para efetuar transportes, sem a apresentação de qualquer estudo de viabilidade técnico-econômico, tanto que as embarcações estão paradas e ociosas; gastos fabulosos com a reprodução de um protótipo de mapa que será inaugurado em poucos dias na Barra Velha por valores proibitivos; investimentos numa construção de Teatro que teve a obra apontada com desacordo a legislação, segundo o MP, tanto que um TAC teve que ser celebrado; construção de um mirante sem que qualquer setor da sociedade tenha pedido a obra. Enfim.

Não bastasse, agora veio uma medida populista, a do subsídio do transporte público urbano, sem a apresentação de um Estudo de Impacto Financeiro, nem sobre qual modelo de Controle este programa estará sujeito. Dessa forma, a política em Ilhabela deverá ganhar um tom mais propositivo que crítico, penso eu, na eleição que se aproxima. E deverá haver debate, vários, o que desafia o poder único do marketing eleitoral. Os adversários questionarão se o que a população quer são obras e gastos megalomaníacos ou investimentos em infraestrutura urbana e controle de ocupação urbana.

Estou acompanhando com reservado interesse a eleição de Ilhabela também.
É o jogo!
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18h56min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br

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