PEDALADAS DELES...

Foto meramente ilustrativa

Colucci em cena

I

Em meu entendimento, o Prefeito de Ilhabela está usando recursos da máquina pública politicamente na maior desfaçatez. Pior, sob olhares complacentes de seus adversários. Há um claro esforço de desembolso financeiro em peças publicitárias institucionais que tentam conferir um status de melhor gestão à área de Educação que as demais, implicitamente, uma verdadeira pedalada política com finalidade eleitoral. É o que fica subentendido. Mas, isso não é por um acaso, circunstancial ou coisa que o valha. Nada disso. Recentemente, o Prefeito ilhéu tornou público que sua candidata à sucessão é a Secretária de Educação. 

II

Salvo engano, Ilhabela opera sem contrato com uma Agência de Publicidade, já que o processo de licitação está suspenso pela Justiça, por recursos de outras empresas que discordam da forma como foi escolhida a Agência que cuidaria da conta da Prefeitura. As demais alegam irregularidades no processo, porquanto, não só o dirigismo claro da propaganda, mas também a forma como se está gastando esses recursos precisam estar na lupa dos órgãos de fiscalização, entre os quais, a Câmara de Ilhabela e o Ministério Público.

Wagner Teixeira fala

I

A entrevista do pré-candidato a prefeito de São Sebastião, Wagner Teixeira, ao programa com café à mesa da TV em Bertioga (Costa Norte) serviu para tentar debelar boatos ou insinuações de seus adversários de que ele não reúne as condições legais para ser candidato. Wagner reage e se declara apto. Empatado tecnicamente entre os três primeiros colocados, segundo a pesquisa divulgada pelo jornal Costa Norte, começa agora a expor um pouco mais suas ideias políticas e busca maior exposição de sua imagem, pedalando o quanto pode.

II

Ele tem mantido reuniões com o escritório de advocacia que contratou para fazer sua defesa e cuidar de sua papelada em SP, voltando de lá cada vez mais animado. Para ser candidato com apoio da máquina, terá que ser indicado pelo Prefeito e assumir ser também candidato do Governo. Eles estão proseando nos últimos dias, mas Ernane ainda não disse publicamente a quem apoiará. Por fim, Wagner não negou que eventualmente pudesse se unir a outro candidato da oposição caso não se candidatasse, exceto um que "nunca colocou um prego na cidade", disse ele. De toda sorte, ele e seu grupo entendem que sua ascensão crava seu nível de competitividade eleitoral.

Antonio Carlos e a confusão

I

A notícia de que o Prefeito de Caraguá cunhou formalmente uma espécie de restrição seletiva para o concurso público da cidade gerou discussão importante. Há elementos políticos gerados na Câmara de São Sebastião, mas, fundamentalmente, jurídicos - que devem ser questionados pela sociedade na Justiça, penso eu. Essa pedalada sobre o certame serve talvez para criar um discurso - apenas isso - bairrista em época de eleição municipal, quando esse tipo de coisa aflora. 

II

Quando o vereador Reinaldinho acusou a possibilidade de haver rivalizações entre as cidades, chamou a atenção para um caso sério e - de fato - isso precisa ser considerado. No entanto, desde há muito que o Prefeito de Caraguá, de certo modo, discursa com um viés meio que separatista, ainda que tentando mostrar diferenças em sua gestão em relação a do vizinho sebastianense. Talvez seja esse o reflexo da discussão desse momento. 

O silêncio de Felipe Augusto

I

Felipe Augusto, que é genro do Prefeito de Caraguá, mas que quer ser prefeito de São Sebastião, escolhe o silêncio, que caracteriza uma postura evasivo. Não tivesse sido criado uma polêmica natural sobre uma política excludente de seu sogro, faria sentido sua distância do tema, talvez. Mas, convenhamos, para quem quer ser prefeito é preciso ser claro em relação ao que pensa quando o assunto envolve a coletividade, o interesse público. E este não tem sido o caso em relação a esse rapaz.

II

Mesmo tendo ganho alaridos na Câmara sebastianense, notou-se seu silêncio. Há envolvimento e grita de sindicatos de classe, de gente que busca oportunidades de trabalho, enfim. Como é o PSDB que está de plantão na cidade de Caraguá e por lá Felipe dá - ou dava - expediente na Secretaria de Governo, é natural que haja interesse e expectativa em saber mais o que pensa em relação ao assunto. Calar-se, neste caso, é o mesmo que pedalar em fuga de algo sobre o qual não quer-se ver envolvido, nem que seja para comentar. Isso tem um preço político, mas o cálculo é dele.

-

14h20min.      -     adelsonpimenta@ig.com.br