POLÍTICA: AS REGRAS DO JOGO FORÇAM MUDANÇAS


Duas matérias do jornal O Globo de hoje, 26/07, chamam a atenção. Primeiro a que destaca que "com menos interesse pela política, número de jovens eleitores cai 20%", isso preocupa. Mesmo sabendo que na faixa entre 16 e 17 anos o voto é facultativo, bom seria tê-los nos debates - com todo fervor que a juventude traz, mas também com sua participação efetiva nas urnas. E, é claro, com idade legal para ser candidato, bom é vê-los participando do processo eleitoral também sendo testados nas urnas. É preciso oxigenar o ambiente político.

Outra matéria, sob o título "Reforma por conveniência", precisa ser uma leitura de todos nós. Em Brasília os congressistas discutem saídas para financiar campanhas eleitorais sem as doações de empresas, o que deve impulsionar os debates. Há diversas medidas em discussão, mas, ao que parece, está sendo consensual a proposta de fim das coligações proporcionais (vereador e deputado) e a cláusula de desempenho para acesso ao Fundo partidário e ao tempo de propaganda política no rádio e na TV.

No site do Infomey as observações feitas pelo Ozires Silva devem ser também objeto ao menos de curiosidade de cada um de nós, penso eu. Sob a chamada "Estamos criando uma verdadeira tragédia para o nosso futuro", ele chama a atenção para a falta de investimentos, incentivo e políticas públicas efetivas para o campo educacional, para a ciência e pesquisa, para o conhecimento. Ao citar exemplos bem sucedidos de nações que avançaram dessa maneira, sendo ele quem é - um interlocutor qualificado pelos seus próprios exemplos, endurece a observação de necessidade de mudança do olhar dos gestores públicos. Vale a pena conferir a matéria.

Essas eleições municipais acontecerão sob uma conjuntura econômica das mais intrincadas, estados e municípios enfrentando problemas seríssimos, portanto, a forma de pensar a gestão das cidades, a oferta dos serviços públicos, a atração do capital privado para investimentos em parceria, a planta de desenvolvimento local, o tamanho da máquina pública, enfim, diversas situações precisam ser objeto de interesse, estudo e definições. A campanha eleitoral será o momento para que debates dessa natureza aconteçam. O eleitor não é o fiador, é o provedor e, diferente de outros tempos, começa a cobrar essa fatura antes mesmo de escolher quem vai pagá-la - e com anatocismo.

Torço para que os dados sejam refeitos por uma realidade oposta, ou seja, que a juventude adira, participe, influencie, faça valer sua voz e voto. As regras eleitorais se tornaram rígidas, mas até que ponto isso purificará o ambiente da disputa? Muita coisa precisa estar no radar do interesse de cada um de nós, porque numa eleição não é só a escolha de nomes que está em jogo, mas as políticas públicas que tem a ver com a vida cotidiana de cada um de nós.

É a minha resenha!
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17h10min.    -     adelsonpimenta@ig.com.br 

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