CAMPANHA MORNA: SE OS CANDIDATOS NÃO SE MEXEREM, O ELEITOR VAI DAR UM SACODE


A pouco mais de três semanas da eleição, talvez em função das novas regras do jogo, a campanha eleitoral em São Sebastião ainda está morna. A política está distante das pessoas? Essa é uma pergunta importante à ser feita. Nem as pesquisas de opinião realizadas anteriormente comunicavam um resultado confiável, resta ver a diferença entre as amostragens feitas e publicadas por jornais de cidades vizinhas, uma por um de Bertioga e outra por um de Ilhabela. 

Ademais, naquele cenário sondado pelos institutos não havia a colocação de candidaturas como a do Marcos Fully e a do Paulo Henrique - o PH, e Wagner Teixeira ainda era um candidato alinhado ao Governo com apoio declarado do prefeito Ernane naquele momento. Tudo mudou, ou seja, o cenário hoje é outro. 

Até mesmo com a campanha em andamento ainda haviam eleitores que sequer sabiam dessas divisões, desse novos nomes na disputa, o que enseja uma margem de erro muito grande para qualquer sondagem eleitoral em pequisa de opinião. Talvez agora haja maior conhecimento de que há novos nomes no processo, ou a percepção tenha mudado.

Além disso, arrisco em dizer que agora entra em cena a importância do papel do vice, são eles que precisam, junto com os candidatos à vereança - que migram aos bocados de lado, trazer alguma diferença à candidatura majoritária. Sobre os candidatos a vereador, há reclamações até da falta de material ou sobre privilégios que estariam havendo para uns em detrimento de outros. tanta reclamação em um grupo do whatsapp que vazou.

As redes sociais, por mais povoadas que estejam, limita bastante as mensagens, ou seja, cada candidato acaba falando para um mesmo grupo quase que o tempo todo. A propaganda no rádio é apelativa e incorre em erros - todas, sequer falam qual o nome da Coligação e quais partidos compõem. As entrevistas ajudam, mas nenhuma trouxe elementos novos, capturou algo diferente dos candidatos. Diria que o problema foi das perguntas mal formuladas. Os debates começaram e já houve que fugisse - o candidato tucano não foi. Outros estão agendados. Sabatina está acontecendo, é uma boa, mas limitada. Restou a publicidade - e os comícios.

A semana, no entanto, não deixou de ter surpresa - com o flagrante em vídeo de material (diz-se ser cestas básicas) sendo tirados de um órgão público de Caraguá para uma campanha eleitoral. Alguns dias depois novas tempestades por lá com agressividade e outras coisas mais, que poderão transbordar para a eleição sebastianense. Fora isso, em termos local mesmo, houve pedidos de impugnação de vários lados - e todos estão sobre a mesa do Juiz Eleitoral para decidir. Sem contar a Prestação de Conas dos candidatos, todos estão com cuidados sobre suas contas e lupa na dos adversários.

O fato é que a eleição poderá ser marcada por pontos negativos como estes, e isso é prejudicial ao processo. O eleitor busca informações, quer saber de propostas, dialogar com os candidatos. A cidade tem demandas importantes, questões que carecem de tomadas de decisão. A transição administrativa será menos complicada porque o prefeito Ernane não fez aventuras com as finanças públicas, mantendo o trem nos trilhos - com responsabilidade fiscal. Mas, dos candidatos se espera clareza quanto ao que pretendem fazer se eleitos forem.

Talvez possa ser encarado como uma surpresa seja o fato de a máquina não estar sendo usada como muitos pensaram que fosse em favor de Marcos Fully. O prefeito apoia esse candidato, mas não permite o uso da máquina, o que torna o processo mais limpo, mais justo. Há versões para lá e para cá, alguns ataques pessoais que não levam a lugar algum, muito palavrório e tapinha nas costas, mas pouco debate sobre projetos e ideias por enquanto. Essa campanha está na reta final - e espero que melhore no sentido programático.

Se os candidatos não se mexerem, será o eleitor que vai dar um sacode.
É o jogo!
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12h04min.    -     adelsonpimentarafael@gmail.com

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