CANDIDATO ÉUMA COISA, DILETANTE POLÍTICO É OUTRA. O DEBATE DEPURA ISSO
A eleição municipal vai entrar em seus 15 dias finais, que é quando há mais tensionamento entre os grupos concorrentes. Em São Sebastião a realização de debates, entrevistas, sabatinas é um caminho à didática do processo. O próximo debate será o do Sindicato dos Servidores Municipais, hoje, daqui a pouco. Nos eventos anteriores o candidato do PSDB não compareceu. Tem sido recorrente essa sua ausência. Isso não é bom para o processo, já escrevi sobre isso.
Mas, transborda já das redes sociais para as ruas e conversas em todos os lugares a sua fuga sem qualquer explicação plausível de todos os debates, e a pressão já estaria se refletindo em diversas sondagens. Espero que neste terceiro, que é o de hoje, todos estejam presentes. Também contava com isso nos anteriores.
O candidato do PSDB está sob pressão popular e precisa refazer cálculos e rever a estratégia e, especialmente por este motivo, cresce a expectativa de que não falte no de hoje. Intuo que o tucano vá neste do Sindserv. Na sabatina recente na Costa Sul os adversários subiram o tom em relação as suas faltas nas discussões eleitorais, e nas redes sociais o vereador Gleivison (PMDB) postou um vídeo sobre as demolições do Governo do Estado, que já tem mais de 4 mil visualizações.
O cerco vai se fechando sobre o candidato que tenta fazer uma campanha à parte das iniciativas da sociedade civil organizada e de setores da imprensa, que realizam as sabatinas e os debates.
Mas, creio que irá também -(se for)- porque a atual e o ex presidente são apoiadores do seu partido e de sua candidatura, inclusive seriam membros de um grupo do whatsapp - onde o administrador é o próprio Felipe Augusto. Tomara que vá mesmo, é importante. Mesmo sendo um debate monotemático, considero fundamental que cada concorrente diga sobre seus planos para o funcionalismo.
Outra questão são as pesquisas de opinião. Na última publicada pelo jornal Costa Norte havia um empate técnico entre os candidatos. Daquela pesquisa para cá novos nomes entram na disputa e até o momento nenhum nome foi indeferido pela Justiça. Todos estão liberados no processo, até o mérito. Já é hora de se conhecer novas pesquisas de opinião pública.
Penso que, mais que sondar a preferência do eleitor por nomes, outra abordagem deve ser feita agora pelos institutos sobre as necessidades detectadas pelo cidadão, que deverá ser informar qual o grau de acesso e o nível de entendimento popular sobre o Plano de Governo da cada um. O debate depura isso, amplia a oferta de ideias de cada um e facilita a compreensão social sobre as propostas. Isso se faz com candidatos, não com diletantes políticos. E as pesquisas reproduzem esse sentimento, essa percepção.
Com apenas 45 dias de campanha, limite para material e pessoal e todas as restrições legais ao financiamento, a eleição deixou a política diferente. Ou deveria. Pressuponho que, dada a campanha feita até aqui, o nível de desinformação seja altíssimo e isso pode - em tese - influenciar no resultado final da eleição.
Reafirmo a necessidade de se exigir mais dos candidatos nesse processo, saber quem tem mais preparo, quem inspira mais confiança sobre o que propõe, quem é mais claro em relação aos seus objetivos e coisas assim. A pressão aumenta nesta reta final e todos querem capitular a expectativa do eleitor. Reitero: O único ausente até aqui nos debates é o candidato do PSDB.
É o jogo!
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19h04min. - adelsonpimentarafael@gmail.com
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