OPOSIÇÃO SOBE O TOM E O GOVERNO ACUADO BUSCA RESPOSTAS



Outro dia eu chamei a atenção nesta página sobre as demais forças políticas de São Sebastião parecerem rendidas ante a um conjunto de medidas efetivas e outras articuladas no escurinho do cinema pelo atual prefeito da cidade, Felipe Augusto. A oposição se pronunciou - e o fez - e faz por meio de participação concreta, sem revanchismos, sem cólera, nada disso, sendo crítica, produtiva e analítica. Isso é bom. A balança do Poder precisa de equilíbrio e isso se alcança com os dois lados do balcão trabalhando.

O Prefeito propõe medidas que claramente trarão problemas à saúde financeira do Município e não abre um debate claro sobre o necessário equilíbrio entre receitas X despesas. Senão vejamos:  gastos como o da função delegada - sem um Estudo de Impacto Financeiro; cartão para compra de material escolar, sem ser transparente sobre qual a empresa de crédito fará e qual a taxa de administração, o que pode sair mais caro que comprar de um fornecedor só. Eu disse "pode", a Prefeitura deve esclarecer isso.

Ao mesmo tempo fala corte do subsídio de estudantes universitários. Trata-se de uma decisão política questionável. Veja o caso do transporte escolar das crianças. As mães reclamam de que agora será um cartão para passar na catraca do ônibus. E a criança vai sozinha?  Quem sabe responder levanta a mão. Existe um Plano que defina essas ações com a busca de algum objetivo específico? Se SIM, cadê? Se NÃO, por que?

Quais medidas estão sendo tomadas para incremento de receita? É só uma pergunta por hora. Outra coisa foi em relação ao funcionalismo, o Governo está jogando pólvora que vai estourar no processo de negociação salarial. O Sindserv se posiciona como?  Tudo precisa de mais luz e menos marketing.

Os ambulantes tomaram um chega pra lá, gente que sustenta a família com este trabalho indo parar no hospital. Mas, as exigências do Governo estão acompanhadas de um Plano de Reordenamento Urbanístico da orla litorânea e da cidade como um todo? se está, cadê o Plano? Foi discutido e aprovado onde e por quem? Quais os critérios usados sobre todas essas coisas? Alguém sabe dizer? Gestão pública se faz com indicativos, parâmetros, estudos, resultados, economicidade, isonomia, impessoalidade, enfim.

Os vereadores Gleivison e Ernaninho subiram o tom e questionam o discurso oficial em relação ao subsídio de universitários, mas não só sobre isso. O ex-prefeito Ernane foi à Câmara e desmentiu o alcaide. Juan Garcia, também ex-prefeito, escreve resenhas quase que diárias contrapondo releases institucionais que falam sempre pela metade sobre medidas adotadas pelo atual prefeito. O vereador Elias já foi ao MP pedir uma reunião com moradores da Topolândia. É isso, todos os lados precisam estar na ativa, a democracia se exerce assim

Vamos em frente
É o jogo!
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14h38min.    -     adelsonpimentarafael@gmail.com

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