ILHABELA: O DESAFIO É SER INCLUSIVO. O RESTO SÃO CONTAS DO PASSADO.


Em Ilhabela um turbilhão de coisas vem acontecendo na vida pública. A cidade saiu dividida das urnas. O Governo do Prefeito Márcio Tenório que não se ilude em achar que por ter ganho a eleição só lidará com os bonzinhos. O jogo é pesado. 

É importante que hajam investimentos, mas que não se descuide da Comunicação política e institucional e da governabilidade, o que envolve as conversas com todo conjunto da sociedade, com partidos, com lideranças e, é claro, com os vereadores.

Chacrinha já dizia que "quem não se comunica, se trumbica".

O ex-prefeito da cidade, Antônio Luiz Colucci, principal oponente do atual Governo, deu uma inequívoca demonstração de vitalidade política ao fazer subir à pauta das deliberações da Câmara Municipal de Ilhabela o projeto administrativo 11/17, que requeria a anulação do Decreto Legislativo 12/16. 

Entenda:
Por meio do Decreto Legislativo 12/16, ou seja, na legislatura passada quando era prefeito, os vereadores reprovaram o exercício fiscal de 2012. Isso o deixou inelegível, segundo a Lei. Agora, já não mais prefeito, pediu uma revisão do caso e conseguiu com que a Mesa Diretora propusesse um novo Decreto Legislativo, o de n° 06/17, que anulou o anterior e aprovou suas Contas de 2012. Em tese, voltou a ficar elegível.

Gato subiu no telhado, foi o que, em outras palavras, quis dizer o ex-prefeito da cidade, Manoel Marcos De Jesus Ferreira, em sua conta no Facebook.

Orçamento Municipal
Não sei quem define a estratégia de cada lado, mas é certo que a resposta do Governo terá ser mais que palavras, afinal, não se pode permitir a imagem de um Governo rendido. Essa perda no Legislativo pode ter consequências políticas e sociais. 

As ações, os investimentos e o conjunto de sua aproximação, diálogo e interação social e institucional farão a régua de sua força e popularidade. É necessário haver capacidade de gestão e inteligência na Comunicação. 

Politicamente, uma guerra está declarada.

No dia 15 a Prefeitura de Ilhabela protocolou na Câmara Municipal de Ilhabela, segundo consta, a LDO - Lei de Diretrizes Orçamentárias Orçamentárias para o exercício de 2018. A chave da reação passa por este documento, em meu entendimento. O Projeto foi realizado com a consulta popular - em audiências públicas donde foram tiradas as prioridades para o próximo ano, conforme disse em entrevistas o Secretário Municipal Tiago Correa. 

Agendas como a do saneamento básico e intervenções de infraestrutura urbana descentralizada se destacaram nessas penárias. Eu gravei uma resenha em vídeo há um tempo falando sobre essas necessidades. Acertei.

A LDO é o substrato para a Lei Orçamentária Anual, que é onde o bicho pega, e o Plano Plurianual - PPA, que deve ser mais que uma carta de intenções, é o macroplanejamento do Governo. Diz-se que até Setembro esses documentos estarão disponíveis. Estima-se uma receita em R$ 498 milhões para o de 2018. 

Os trabalhos são coordenados pela Secretaria de Governo, sob o comando de Osvaldo Julião.

A principal fonte de renda de Ilhabela são os royalties do petróleo, que tende a crescer nos próximos anos. A população reclama a falta dos efeitos de tanto dinheiro em seu dia-a-dia, logo, o desafio do Prefeito Márcio Tenório é trazer pra dentro dos serviços e investimentos públicos os que se sentem excluídos em sua própria cidade, os que foram renegados no passado recente e, especialmente, fazer se sentir contemplado até mesmo os que apostaram em seu adversário na última eleição. 

É preciso ser inclusivo.

Por isso precisa fazer um Governo plural, sem revanchismos, proativo e focado no desenvolvimento de Ilhabela. A população reconhecerá o trabalho, não os discursos de um ou de outro. Isso são Contas do passado.

É o que penso.
11h.  -   adelsonpimentarafael@gmail.com



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