FELIPE QUER DIVIDIR AS PESSOAS POR CLASSES SOCIAIS COM MUROS E PORTARIAS


Sou um entusiasta municipalista e por isso me preocupa o Governo de São Sebastião. A conversa oficial não me parece séria. E as ações menos ainda. Não há uma linguagem uniforme, a abertura de um diálogo plural e democrático, a discussão aberta com toda a sociedade. 

Daí à crítica é um favor até. 

Em reunião no gabinete reformado do prefeito, Felipe Augusto disse aos corretores imobiliários que está "projetando um novo desenho urbanístico", e insistiu: "com destaque para as negociações envolvendo as marinas públicas, nova travessia para Ilhabela e instalação de um homeport nas proximidades da Praia Grande.

Eu digo: Que bom, isso é bom de verdade. Mas, opa, alto lá. 

Consta que na reunião do Conselho de Turismo do Município o prefeito não detalhou nada disso. Mas, pela mesma justificativa foi ao exterior com viagem bancada pelo erário. Em nenhum dos casos apresentou os projetos propriamente ditos, nem tampouco os protocolos pedindo os devidos licenciamentos. 

Se não for blefe, tem um pé no attwhorismo. 

Gestão não é. Não dessa forma. Com errôneo tom de rivalismo, quando deveria optar pelo revivalismo, sua Comunicação é um pecado original. Disse ele: "investidores estão com os olhos mais voltados para os municípios vizinhos". 

À quem interessa esse discurso? 
Cada cidade faz sua própria gestão, não é atacando que se defende, neste caso. 

Não bastasse esse errático e inusual jogo de palavras, ele quer levar o separatismo social às políticas de Governo, tanto que disse que pretende o “fechamento" de bairros, condomínios ou vias públicas residenciais que tenham somente um acesso". Ele quer colocar muros e não pontes entre nós. 

Isso não é controle, é restrição.
É privilégio à setores da sociedade e separação de classes. É divisão, não união. Uma política que desagrega socialmente os cidadãos, afasta uns dos outros; que cria condomínios e aglomerados subnormais. Não é a toa que a Prefeitura contratou empresa para rever as Zeis. 

Durante o encontro, o chefe do Executivo discutiu a necessidade de queda do valor do m² de imóveis em determinadas áreas municipais. Como assim?

Chamo a atenção de toda população para o flerte com o autoritarismo que tem o prefeito de São Sebastião, suas práticas tem sido nocivas ao interesse público, seu discurso é separatista - e sua prática vem emoldurando isso quando elege setores da sociedade à quem dizer isso ou àquilo e quando tenta por Adins não ter que se submeter previamente ao Legislativo e ao cidadão.

Esse prefeito, contra quem não me oponho ainda, está se tornando um perigo iminente à cidade que governa sob insegurança jurídica, já que a Justiça Eleitoral deve proferir sentença nos próximos dias em relação aos pedidos de cassação de seu mandato por crimes cometidos na eleição, segundo denúncias do MP e do PMDB. 

O ditado diz que "quem cala, consente". Eu alerto.
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10h50min.    -     adelsonpimentarafael@gmail.com




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