SE LIGUEM AÍ VEREADORES...
Gustavo H.B. Franco, ex-presidente do Banco Central, escreveu em seu artigo (https://goo.gl/bJVQjA) "Tributação dos Ausentes", no Instituto Millenium - Centro de Pensamento, que "o contribuinte ou consumidor raramente é visto nos conchavos em Brasília. Assim são os acordos parlamentares, os cartéis e os pactos sociais... o intuito é espetar a conta em alguém que não faz parte da conversa... a tributação do ausente, por conta dos falsos consensos...".
Excelente linha de raciocínio e argumentação. Feita esta introdutória, acrescento outras observações.
O que tem a ver as matérias dos jornais 'Estadão' (20/10), sob o título "Desconfiança nos políticos aumenta, diz pesquisa Ipsos" /https://goo.gl/6bZjGb ; do 'Valor' (27/10), sob a manchete "Pressão nas bases fez deputados mudarem os votos" /https://goo.gl/rNMhR8; o 'Estadão' (29/10), sob a chamada "Apoio a posts de Doria nas mídias sociais despenca" /https://goo.gl/7qkq76 ; e as Curtas do 'Costa Norte' (28/10 a 01/11), sob títulos "Entra mudo", "Sai mudo I e II" / http://www.costanorte.com.br/?
À mim, tudo. A comparação é perfeitamente possível, saudável e alerta.
Eu explico...
O Danilo Cersosimo, diretor da Ipsos Public Affairs, define a percepção: "Há uma desconfiança generalizada nas instituições em um contexto de crise econômica e vácuo de lideranças". Não custa lembrar que esta não é a primeira pesquisa que aponta esse cenário de distanciamento.
A matéria do jornalista Fábio Murakawa crava que a cobrança nas bases eleitorais explica a queda no apoio parlamentar ao Presidente Temer na votação que empurrou para a frente a denúncia da PGR. A repercussão negativa do voto sobre a primeira denúncia acendeu luz amarela e uma parte dos deputados recuou.
Já os jornalistas Daniel Bramatti, José Roberto de Toledo e Pedro Venceslau subscreveram a matéria que concluiu, após ouvir inclusive o publicitário da Agência Social QI, Daniel Braga, que é quem coordena a estratégia de redes sociais do Prefeito de São Paulo, João Doria, e o publicitário André Torretta, que está implantando no Brasil uma franquia da agência Cambridge Analytics, que as publicações do Prefeito nas redes sofre forte queda após um começo fulminante no Facebook, no Twitter e no Instagram. Deu ruim.
Então, resumido o conjunto acima, contextualizo às Curtas do jornal do Sistema Costa Norte, do Diretor Zaidan, que, em resumo, diz que os vereadores de São Sebastião, Daniel Simões (PP) e Renato do Bar (PSDB), mesmo quando apresentam Requerimentos ou Projeto de Lei - de autoria própria, não usam a palavra. E finaliza informando que os mais de 1,5 mil eleitores, (juntando a votação de ambos), "estão apreensivos para saber a opinião dos parlamentares em relação a assuntos importantes, a exemplo da Reforma Administrativa".
Entenderam ou não?
As medidas mais recentes da Prefeitura de São Sebastião, sob Felipe Augusto, cassado pela Justiça Eleitoral e que governa sob efeito suspensivo em grau de recurso ao TRE, recriam taxas extintas pelo ex-prefeito Ernane Primazzi, e criam novas taxas; versam sobre medidas que tendem a alterar a relação Governo X Sociedade, pasmem, sem a necessidade de sequer consultar a Câmara Municipal, devidamente autorizadas pelos próprios vereadores.
Há um sequestro do interesse público.
Ficam os exemplos acima citados para reflexão de todos, especialmente dos vereadores, que precisam saber se vale a pena esse nível de desgaste, e para a sociedade - que é quem decidirá tudo novamente nas urnas.
É a minha resenha.
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12h43min. - adelsonpimentarafael@gmail.com
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