TRAVESSIA PARA ILHABELA EM DISCUSSÃO



A notícia que lemos esta semana deu conta de que os serviços operacionais de travessia entre São Sebastião e Ilhabela ganharão duas lanchas (catamarãs) para transporte gratuito de até 350 passageiros cada uma. O controle de acesso são as catracas. Essas embarcações deverão operar com capacidade para até 350 pessoas e não será cobrada taxa num primeiro momento.

No desfile cívico pelo aniversário de Ilhabela, almocei com o Prefeito Márcio Tenório, com o Secretário de Turismo de Ilhabela, Ricardo Fazzini, com o vereador Luizinho, em companhia do ex-jogador e candidato a deputado estadual Marcelinho Carioca, do Marcus Brasil, candidato a deputado federal e do ex-prefeito de São Sebastião, Juan Garcia, entre outras pessoas. 

Lá, dias antes dessa reunião em São Paulo, portanto, com o secretário estadual de Logística e Transporte, Mario Mondolfo, e o diretor de Operações da Dersa, Eduardo Di Gregório, fui informado de que tratativas nesse sentido vem sendo alinhavadas há algum tempo entre o Prefeito ilhéu e o Governo do Estado. Uma assertiva, sem dúvida.

As lanchas catamarãs LS2 e LS4. usarão o flutuante do lado Norte de São Sebastião, e em Ilhabela o lado interno, que não é utilizado. A situação dos flutuantes é provisória, já que os dois lados preveem uma alteração, isso tem sido objeto de conversas entre os prefeitos. O maior custo é de Ilhabela, e deverá fazer investimento com recursos próprios, sobre novo porto de atracação. 

A gratuidade do transporte dos passageiros pelos catamarãs, em modelagem econômica apresentada pelo Dersa, será compensada com o aumento da receita pela travessia com as balsas. A FB-25, que é para 100 veículos hoje atravessa com 75. O aumento de receita com fluxo da balsa fará o equilíbrio econômico da empresa com este ativo. 

O conjunto das operações efetuadas pelo Dersa no estado, segundo sua diretoria, é deficitário em até R$ 20 milhões anualmente. A travessia local, entre São Sebastião e Ilhabela tem déficit de equipamentos, tem poucas balsas. O serviço de lancha será complementar. É um serviço obrigatório do Estado, e o Governador Márcio França está cedendo. Mas, há uma eleição. Se João Doria vencer, por exemplo, já disse que privatizará as operações, e isso pode alterar as coisas.

A lancha faz a travessia em oito minutos. A balsa, em média, leva 15 minutos.
 
Grupo de Trabalho

Experiente e conhecedor de todo histórico de discussões com a empresa Dersa sobre todo o conjunto das operações - que envolve fila de espera, bolsão de embarque/desembarque, área de estacionamento, serviços de transportes: táxi, ônibus e veículos de turismo, e travessia, o ex-prefeito de São Sebastião, Juan Garcia, foi convidado pelo Prefeito Márcio Tenório para auxiliar na construção de soluções.

Um Grupo de Trabalho para Acompanhamento e Gestão da Travessia, com representantes do município e Estado está saindo do forno. Os abrigos para passageiros também deverão receber investimentos "Tudo isso integra a proposta de mobilidade de Ilhabela", cravou o gestor do Turismo Municipal, Ricardo Fazzini.

O primeiro mandatário da cidade, Márcio Tenório, delega, dá autonomia, exige resultados e avança bem em relação a este ponto também - que está entre os principais gargalos do Município, mas que não depende somente de suas ações. Rotineiramente lemos Notas da prefeitura de Ilhabela dando conta de reuniões, de ofícios, de entrevistas onde o Prefeito fala energicamente sobre os serviços de travessia. 

É um começo, mas tem bastante coisa ainda para ser resolvida - em ambos os lados dessas operações de travessia. Enfim, o Estado se mexeu.

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