NOVO CENÁRIO EXIGE NOVA POSTURA


Qualificação não é retórica, é a escolha sobre o lado do balcão em que se está

Entendam bem, a região do Litoral Norte de São Paulo e a Costa Verde fluminense podem ganhar novo status com a política liberal implantada no Brasil e com forte eco nos estados do Rio de Janeiro e São Paulo. Isto fecha portas ou abre oportunidades?

Eu respondo: Acontecerão as duas coisas.
O raciocínio que compartilho aqui é simples. 

Inegavelmente, a cabotagem ganhará novo fôlego, e novas demandas sobre cadeia produtiva, logística, relações internacionais, transações comerciais bi e multilaterais, enfim, uma série de coisas desse tipo ganharão a ordem do dia. 

Angra/RJ tem porto (arrendado) e um aeroporto, que o Governador disse que vai tornar maior e de passageiros para voos comerciais. São Sebastião tem porto (que será privatizado), e uma nova rodovia em construção. 

Nós estamos preparados para o que se estima que vem por aí?

Se considerarmos à vera que a assinatura do Acordo de Livre Comércio entre o Mercosul e a União Europeia vai se sacramentar, (agora são ofícios pelos desdobramentos), não será só uma mudança de postura social, mas de cultura de negócios e da relação tanto formal quanto informal na cadeia produtiva, na oferta de bens e serviços, enfim, exigirá outro nível de conhecimento e técnicas.

Empresas e governos já devem ir adotando compliance, governança, certificações de ISO internacional, auditoria externa, e coisas assim.  Alunos de logística, de comércio exterior e de administração - juntos ou separados - podem falar melhor a esse respeito. Aliás, deveriam. 

Este é o momento em que as Associações empresariais dessas regiões deveriam se unir e buscar logo a realização de fóruns de debates, ouvir especialistas em áreas distintas,m criar painéis de discussão temática,  experiências acadêmicas e de intercâmbio.  

Intuo ainda que as eleições municipais do ano que vem, 2020, já deverão regionalizar agendas nacionais - descendo as especificidades locais; debates sobre saídas alternativas a problemas; soluções práticas para o desenvolvimento; o tamanho e a operacionalidade da máquina pública; a capacidade gerencial dos tomadores de decisão precisará de know-how, vai mexer com todo tabuleiro de oportunidades, negócios e afins.

É preciso, portanto, que os partidos - em suas direções locais e suas lideranças regionais comecem a formar quadros, capacitar gente porque a tendência é a de que os novos governos tenham que possuir mais relações institucionais; conhecimento de transações internacionais; comércio exterior e legislação aduaneira. E, ouso em dizer, assuntos como desenvolvimento econômico, cadeia produtiva, política fiscal, enfim, ganharão mais força nos debates.

Um novo cenário exige seguramente nova postura de cidadãos, de empresas, de órgãos públicos e de governamentais. Reflita a esse respeito e acompanhe por este canal a proposta de temas relacionados a esta agenda pública sujeita aos debates.


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