DISPUTA POR TERRITÓRIO POLÍTICO REGIONAL

Como a perda de espaços do grupo tucano de Caraguá e a chegada de lideranças vitoriosas mudam o cenário na região do Litoral Norte de SP
O grupo político liderado pelo ex-prefeito (inelegível) de Caraguá, Antônio Carlos, (PSDB), tem feito coisas que merecem uma leitura, além de perder espaços e poder de barganha. Ao mesmo tempo, outras lideranças vitoriosas tem surgido. Não existe espaço vazio em política. E a disputa agora é por território político no Litoral Norte.
Na cidade-sede dessa liderança tucana, o seu filho, Mateus da Silva, não se elegeu. Era a principal aposta para voltar ao comando da cidade. Horas depois alguns vereadores da oposição, gente que esteve em seu palanque e não se reelegeu, pedia abertura de processo de cassação contra o mandato do Prefeito reeleito Aguilar Junior.
Em Ubatuba, onde o aliado deste grupo, o Prefeito Délcio Sato, foi às urnas para ser derrotado em sua tentativa de se manter no cargo, após a eleição a conversa foi a de aumento de IPTU. Nenhuma Planta Genérica de Valores vinha sendo publicamente discutida até então.
Em São Sebastião, onde quem governa é o genro desse líder político de Caraguá, o Prefeito Felipe Augusto, pós eleição, fez aprovar no Legislativo um Plano Diretor sem nenhuma audiência pública ou alteração na proposta, conforme havia sido criticado e sugerido pela sociedade nos eventos realizados anteriormente. E o fez em "regime de urgência". Procedimento irregular, em meu entendimento.
Outra coisa a se destacar é a migração dessa gente, nômades partidários. Se deslocam pra lá e pra cá o tempo todo, tanto que há profusão de relatos nas redes sociais, conferidos em Portarias de nomeações e gratificações em Ubatuba e São Sebastião de apaniguados desse grupo político em Caraguatatuba.
Já se especula, por exemplo, que um dos vereadores derrotados em Caraguatatuba, Duda, pode ser o novo Secretário de Esportes de São Sebastião. Já tinha ocorrido algo semelhante com Obras e Finanças. A saber quem mais, inclusive se haverá revoada de pessoal lotado em Ubatuba até 31/12, para São Sebastião à partir de 01/01.
Outro levantamento que precisa ser feito é sobre empresas e serviços contratados, porque cruzar informações pode ser um caminho para saber se não se espelham preferências desse grupo político em setores da Administração sob contrato com o Município. À conferir.
Não obstante, há denúncias de que esse grupo político usa a máquina pública para seus fins eleitorais - em clara tentativa de se manter e expandir seu Poder na região do Litoral Norte. Os filhos do ex-prefeito de Caraguá, o Antonio Carlos Jr, agora eleito vereador na cidade, e Michelli Venezziani, primeira-dama de São Sebastião que vota em Caraguá, já foram candidatos a deputada estadual.
A hegemonia na cidade-sede ruiu. Mas, que ninguém se iluda...

Com cargos de altos salários a disposição; com gestão de orçamentos vultuosos em secretarias que prestam serviços de enorme repercussão; com serviços para contratar com o serviço público; com espaços para nomeações aos bocados; com serviços terceirizados com vagas de emprego, e muito dinheiro aplicado em gestão de marketing, esse grupo ainda tem gordura para queimar.
A liderança regional está colocada em xeque, afinal, a perda consecutiva em Caraguá; a derrota em Ubatuba e a perda de 2/3 politicamente em São Sebastião para o oponente Gleivison Gaspar, abre fendas e faz com que a manutenção desse grupo no Poder custe cada vez mais caro.
No horizonte surgem duas lideranças importantes, por hora. Uma em Caraguá, onde o Prefeito teve na reeleição de seu irmão, o Tato Aguilar, o vereador mais bem votado da cidade. E, claro, já disse sobre isso aqui, em Ilhabela, a recondução pela terceira vez do Prefeito Antonio Colucci ao Poder.
O próximo ano nos mostrará como está sendo desenvolvido o no eixo do poder político regional.
É o jogo!






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