ANGRA/RJ SE HABILITA À BASE SUL DE APOIO AO PRÉ-SAL

Mas, as condições estruturais de São Sebastião são muito melhores, e a região do Litoral Norte de SP é estratégica sob todos os aspectos do negócio. É preciso querer politicamente.


Atuando em conjunto, de forma dialogada e sem voluntarismo político, às 15h do dia 13 deste mês de Janeiro, o Prefeito de Angra dos Reis-RJ, Fernando Jordão, (MDB) e o Presidente da Câmara Municipal, Helinho do Sindicato, foram a Brasília. Em companhia do secretário de Transportes do Estado do Rio de Janeiro, Delmo Pinheiro, se reuniram com o Ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas.

Na Nota do MInfra, repercutida pela Nota da PMAR também, está que o evento foi para discutir melhorias na infraestrutura da região da Costa Verde fluminense. Foram debatidas propostas como a concessão da rodovia Rio-Santos, entre outras coisas.

Participaram também da reunião, o diretor-geral do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), general Santos Filho; o secretário nacional de Aviação Civil, Ronei Glanzmann; a secretária de Fomento, Planejamento e Parcerias, Natália Marcassa; e o diretor do Departamento de Novas Outorgas e Políticas Regulatórias Portuárias do MInfra, Fávio Lavor.

Mas, o que não está publicado, é estratégico e foi debatido? 

Bem, é sobre isso que quero falar porque envolve interesses que São Sebastião e a região do Litoral Norte deveriam ficar atentos.

A esse respeito, conversei an passant com o Prefeito de Ilhabela, por telefone, Toninho Colucci, que acertadamente pretende retomar a Amprogas, e uma agenda está sendo providenciada para mim com o Prefeito de Caraguatatuba, Aguilar Jr, sempre sensível às conversas proativas e sobre Desenvolvimento Econômico. 

Entrei em contato também com diretores de empresas que operam em suporte às operações suplly e offshore em São Sebastião. Só não falei ainda com o Prefeito Felipe Augusto ainda, mas, se ele quiser eu converso. Este é um tema que deve unir as forças.

AOS FATOS:

Angra está se habilitando para ser Base Sul de Apoio às Operações do Pré-Sal. E acerta.

Mas, em meu entendimento, as condições estruturais de Angra para atendimento do setor são menos favoráveis que as dispostas em São Sebastião.

O Tebar é maior que o Tebig; há ainda praticamente 2/3 a mais de área de tancagem, e um Porto com maior capacidade operacional, que, inclusive,. tem projeto de ser Integrado à Cidade, com a Rodovia do Contorno às portas de ser retomada. Não estou dizendo que estas sejam as condicionantes, essa informação é segredo de estado da Petrobras, mas, são atrativos reais.

O Plano Diretor de Logística e Infraestrutura da Petrobras já foi revisto. Depois do Plano de Desinvestimento, a estatal petrolífera brasileira, sempre atenta ao mercado, volta agora com força total no Pré-Sal - e necessita ampliar sua oferta de infraestrutura logística, o que exige estrutura de apoio operacional.

Essa engenharia aumenta a movimentação de carga e de serviços, elevando para a cidade sua receita com ISSQN e ICMS. A região tem ganhos com sua rede hoteleira; com a inserção de empresas de tecnologia, entre outras coisas. É uma oportunidade ímpar. 

Por isso Angra busca interlocuções junto ao Estado e União.

No caso de São Sebastião, o Governo está com uma das fases abertas para a implantação de uma Marina Pública na área frontal a Rua da Praia. É o seu guia de Desenvolvimento. Eu discordo, mas, respeito.

Mas, a sociedade precisa saber que isso colide com a necessidade de maior espaço para as operações de offshore - em sendo uma base de Apoio. Portanto, é uma conversa que precisa ser compreendida pelas autoridades para que um Plano Estratégico seja providenciado.

O que efetivamente vale mais para os interesses da cidade, uma Marina Pública ou ser uma Base de Apoio das operações do Pré-Sal? Não é uma questão de par ou ímpar, mas, de revisão de conceitos. É possível inclusive harmonizar as coisas.

Este aqui é um breve resumo desse grande filão de negócios, que gera empregos, renda e oportunidades. Mas, é preciso querer politicamente, interagir com os diversos setores, articular institucionalmente, fazer-se presente, saber ouvir. 

É nesse contexto que tento contribuir. Está, portanto, feita essa Introdução da agenda pública. 

Em tempos de crise financeira, queda de arrecadação, eis aí a oportunidade. Há outras, igualmente enormes, mas, por hora, me faço ouvir a este respeito. O resto é consultoria.

Estou a disposição para este debate.

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