PETROBRAS E SEUS INVESTIMENTOS, SÃO SEBASTIÃO E SEU LOCKDOWN

A estatal contrata, investe, opera. Base Sul do Pré-Sal é um caminho ignorado pelo Prefeito. A direção do porto quer conversar? As empresas de apoio marítimo estão dispostas?


Em continuidade à sua estratégia de desenvolvimento do campo de Búzios, no pré-sal da Bacia de Santos, a Petrobras receberá, no dia 1° de fevereiro, as propostas das empresas pré-qualificadas para a licitação da construção das plataformas P-78 e P-79. 

Até 2025, a Petrobras vai colocar em produção 13 sistemas para operação no Brasil. E isso aponta para aumento das operações, da produção. Porquanto a discussão sobre aumento da capacidade estrutural - com a Base Sul de Apoio ao Pré-Sal.

As atuais estratégias de contratação e construção têm por objetivo evitar atrasos nas entregas dos sistemas e acelerar o início do desenvolvimento das áreas de produção. 

Atrasos na implantação dos projetos resultam em perdas de bilhões de reais de arrecadação para os governos federal, estadual e municipal. Na Petrobras, por exemplo, houve atrasos de mais de três anos na entrega de dez plataformas contratadas em 2010, fazendo com que os governos federal, estadual e municipal deixassem de arrecadar R$ 33 bilhões.  

A companhia continua sendo uma grande contratante no país, tanto que, em 2020, dispendeu R$ 58 bilhões em contratações de bens e serviços, sendo 62% com fornecedores nacionais. A fonte é a Agência Petrobras.

BASE SUL DO PRÉ-SAL

O Prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, parece ter adotado uma estratégia em parte equivocada para o Desenvolvimento Econômico da cidade. É como se tivesse decretado um lockdown sobre o assunto.

Mas, depois de deserdar da direção da Abramt, de ter aberto mão de recuperar o apoio offshore na área onde a empresa Schaim operava; atraiu a Olfar, um acerto aparente, agora só fala em marina pública.

Não há qualquer discussão sobre o tema. E isso é prejudicial.

Angra dos Reis está acertadamente se habilitando para sediar a Base Sul do Pré-Sal, o que eleva a quantidade de empresas operando, logo ISSQN; a quantidade de navios em movimentação, logo, aumento de ICMS e, claro, por sediar a Base de Offshore, arrecadar com royalties do petróleo.

Portanto, se o Governo sebastianense não se esforça em fazer qualquer Estudo de Projeção de Cenários, de maneira a nos apresentar estimativas de ganhos - para o Município (impostos e taxas) e para o mercado (volume de transações), com cada modelo de negócios, assim como um retrato sobre a planta de empregos direitos e indiretos, cabe aos empresários, que tem recursos para isso, fazer. 

E cabe a nós, sociedade, exigir da Prefeitura e, quem sabe, pedir às empresas. De tudo, cá entre nós, o que não podemos mais é aceitar calado a versão oficial do Prefeito sobre crise financeira; proposta de aumento de impostos *Código tributário); multas de trânsito em escala industrial, tudo para cobrir gastos errados e acima das receitas.

É preciso que façamos juízo de valor, com base em estudos, de tudo. A verdade não tem dono. O interesse público pode estar sendo terrível e irremediavelmente prejudicados. 

Até na Bíblia Sagrada há a menção para fazer prova de Deus, no contexto dos dízimos à Casa do Tesouro.

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