DESESTATIZAÇÃO DO PORTO DE SÃO SEBASTIÃO É UM PROCESSO EXCLUDENTE

A voz da família portuária é a de que falta diálogo entre as partes, e que o Prefeito se cala, se omite, quando esperavam que se engajasse.
 

Certos de que tomaram um chapéu sobre o que havia sido apalavrado durante a campanha eleitoral pela municipalização do Porto, invocado pela família portuária sobre a iniciativa do Governo Federal pela desestatização, o Prefeito de São Sebastião, Felipe Augusto, (PSDB), reeleito sob este apoio, não comparece, atua a meia-bomba. 

Há um hiato entre os interesses de quem trabalha e opera no setor, estima-se 900 empregos entre diretos e indiretos e transações por cabotagem que correspondem a impostos com peso não inferior a 30% do que arrecada a Prefeitura - dentre toda receita própria, as perspectivas sobre os novos negócios e, claro, o modo do gestor municipal e seu staff de lidar com essa questão em jogo: o Porto e a Cidade.
 

Declaração
 

A diferença sobre como cada um lida com o assunto em suas cidades é gritante.

A informação atualizada é a de que o processo de desestatização dos portos de Santos e São Sebastião, que seriam feitas em conjunto, agora serão leiloadas separadamente pela União. A previsão é a de que as regras para a privatização do Porto de São Sebastião podem sair ainda este ano, até dezembro, segundo o BNDES. Há aparente pressa. As consultas públicas devem ser realizadas ainda no primeiro semestre.
 

Reação Local

Está agendado para o próximo dia 11 uma reunião entre as forças de atuação em mão de obra portuária com suas Federações de representação sindical para tirar uma linha a respeito do tema. 

Os trabalhadores e operadores portuários levantam uma grita sobre o processo excludente de desestatização, já que não foram ouvidos e desconhecem o que está porvir. Mas, estranham também a postura do Município por não se engajar nesse processo, por se ausentar da discussão. 

O vereador André Pierobon, portuário, secretário da Comissão de Assuntos Portuários da Câmara Municipal, já adiantou que vai para o jogo...



Ele não descarta que a troca de mão no comando dos negócios portuários até poderá gerar bons frutos, mas, também entende que consequências danosas à cidade não devem ser descartadas. Se isso não ficar muito claro entre as partes, o que, segundo ele, inclui a cidade e seu conjunto social, a Autoridade Portuária e todos que operam no setor. 

Enquanto o prefeito da cidade se omite, os trabalhadores, os operadores e o vereador se articulam. A sociedade é um organismo vivo e está a um "Paço" de ceder ao limite da paciência para declarar guerra em defesa do diálogo que pacifica. 

"O porto pode ser que venha a ter um dono, mas, o processo pelo qual isso ocorrerá não"

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