ÔNIBUS EM CARAGUÁ SOB GUERRA DE LIMINARES

Empresa, Prefeitura e, sendo parte na conversa, o Ministério Público também, travam grande batalha na Justiça sobre o transporte coletivo urbano da cidade



A discussão nos autos judiciais entre a Prefeitura de Caraguatatuba e a empresa Praiamar Transportes Ltda tem vários capítulos sendo escritos com alguns atores, sendo a representação da Procuradoria do Município, a defesa técnica da empresa, o Ministério Público e, claro, Vossa Excelência - o Magistrado.

Isso envolve uma porção de coisas, como: formalidades, rito, argumentos, provas, documentos, enfim. O povo tem pouco acesso a isso, a linguagem é inusual, o juridiquês é chato, complicado e impopular.

A primeira pergunta é: Por que a relação contratual dos serviços de transporte coletivo urbano da cidade foi parar nas raias do Judiciário? A resposta é: Porque há insatisfação de algum lado. Ou dos dois. E, claro, porque ficaram obstruídos os canais de diálogo.

A população precisa se servir de transportes públicos de qualidade, é o que preconiza a Política Nacional de Mobilidade Urbana, e isso se alcança com serviços de qualidade, com frota nova e, claro, se possível e sem encarecer o valor da passagem, com tecnologia embarcada e climatização, por parte da empresa; e com fiscalização e exigências por parte do gestor do contrato, o Município.

Dito isto, importa esclarecer que há algum tempo a empresa Praiamar vem pedindo aumento no valor da passagem, e o Prefeito Aguilar Jr, por sua vez, com base nas instruções de sua assessoria, vem cobrando a adoção de uma série de medidas, que, segundo o Governo, não tem sido cumpridas. 

Deu-se então fiscalização, Intervenção, criação de uma Comissão Técnica, produção de relatórios, decretação de caducidade, guerra de liminares, contratação emergencial de outra empresa, a Fênix, suspensão desse processo... com ambos os lados pintados para a "guerra".

Prefeitura tem uma Secretaria de Mobilidade Urbana e Proteção ao Cidadão, que já regulamentou os serviços de táxis e definiu regras para os aplicativos de transporte no município; tem construído novas ciclofaixas e feito a manutenção das antigas; deflagrou a  Operação Bicho-Preguiça’ que recolhe carros abandonados e notifica os proprietários retirem esses veículos largados há muito tempo em vias públicas para retirarem, entre outras coisas.

Governo investe também em novas pavimentações asfálticas, recuperação de áreas prejudicadas, manutenção de logradouros, reparação de áreas com tapa-buracos, melhoria nos abrigos de passageiros, que são elementos imprescindíveis à mobilidade urbana e para que não haja encarecimento do valor da passagem de ônibus. 

Cittamobi

Este aplicativo já reúne mais de 10 mil acessos. Esse novo serviço oferece ao usuário do transporte público a possibilidade de localizar exatamente em qual trecho do município o ônibus de sua linha se encontra, informando o momento correto que passará no ponto desejado.

É na busca de maior fluidez com a engenharia de tráfego; menos tempo nos deslocamentos pelas vias da cidade; na desburocratização de procedimentos e mais oferta em serviços públicos que possam ser feitos de forma remota, assim como uma melhor integração nos serviços de transporte de passageiros que a Prefeitura tem buscado resultados para a população, dizem os membros da Comissão Técnica da Prefeitura.

Posicionamentos

> A empresa Praiamar, concessionária dos serviços, assegura - e reitera - que cumpre com seus deveres, mantém sua defesa pela manutenção do Contrato, inclusive por Nota publicada há pouco para a população e imprensa vai se comunicando com o público.

> A empresa Fênix, contratada em caráter emergencial, banca as condições exigidas pelo Município e disponibiliza frota nova, em quantidade necessária pelo Contrato, com tecnologia e ar condicionado, como quer a Administração Municipal, afirma sua assessoria.

> O Prefeito , o emedebista Aguilar Jr, tem outro entendimento, ou seja, o de que há elevado grau de insatisfação dos usuários com os serviços prestados pela Praiamar e que, em razão do que considera uma má prestação de serviços, orientado por Relatórios produzidos pela Intervenção e Comissão Técnica, tem o dever de agir legalmente na busca de mudanças, melhorias.

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